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Uso de aplicativo de fertilidade ajuda ou atrapalha?

A tecnologia gera informações sobre períodos férteis, mas desconsidera alguns fatores biológicos

10 de setembro de 2020
fertilidade

Aplicativos de fertilidade devem ser utilizados para obter mais informações sobre o tema ou como uma agenda para exames e consultas médicas.

O acompanhamento de dias férteis e esclarecimento de dúvidas sobre fertilidade podem ser facilitados por meio de aplicativos. Para mulheres que possuem o sonho da gravidez, essa proposta é tentadora – tanto que a ferramenta mais baixada para smartphones já atingiu mais de 20 milhões de usuários.

Porém, é necessário ter cautela: segundo especialistas, eles não são dinâmicos a ponto de acompanhar as mudanças no corpo feminino.

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“Existem ferramentas que dizem quando a mulher vai menstruar e quando ovula. O problema é que os aplicativos oferecem resultados fixos. A ovulação da mulher tem flutuações e variações até de mês a mês. O paciente se apega ao sistema como se fosse a melhor opção e não é. Nada substitui a conversa com o médico e o exame físico para avaliar a fertilidade”, avaliou o especialista em medicina reprodutiva e diretor da Clínica Fertibaby, Daniel Diógenes.

O profissional afirma que o ideal é que os aplicativos sejam utilizados para ler sobre o tema ou como uma agenda para organizar exames e consultas e alerta: as funções dos sistemas não devem extrapolar o limite das investigações médicas.

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“Não é só ovular que engravida. A paciente pode estar com uma baixa reserva de óvulos, ter uma trompa obstruída. Nesses casos, é preciso uma investigação médica para saber se a ovulação está acontecendo de forma saudável. O aplicativo pode até agregar, mas nunca pode substituir o acompanhamento médico”, acrescenta o médico.

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Gestantes

No caso das mulheres que já estão grávidas, a indicação é que procurem um ginecologista e façam o pré-natal. “Todos os casos têm suas particularidades, que não podem ser resumidas ao uso de um aplicativo. Tanto as mulheres que tentam, como as que já engravidaram, precisam de acompanhamento individualizado de um médico”, concluiu.




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