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Fertilidade: saiba quando procurar tratamento médico

Questões biológicas e emocionais podem alterar fatores ligados à fertilidade

23 de novembro de 2020
Questões biológicas e emocionais podem alterar fatores ligados à fertilidade. Hábitos de vida saudáveis favorecem quem está tentando engravidar.

Questões biológicas e emocionais podem alterar fatores ligados à fertilidade. Hábitos de vida saudáveis favorecem quem está tentando engravidar.

[Fertilidade] Na busca da realização do sonho de serem pais, um casal tentante, como são conhecidos aqueles que estão em busca da gravidez, podem enfrentar algumas dificuldades tanto biológicas como de ordens emocionais. Quando se enfrenta um momento de incertezas, como o que se vive agora no mundo todo, essas dificuldades aumentam ainda mais. Por isso, é normal que os casais se perguntem quando devem procurar por tratamento médico, para realizar este sonho.

Conforme especialistas da medicina reprodutiva, os futuros papais com até 35 anos de idade devem ir ao médico a partir um ano de tentativas sem sucesso. Os casais acima desta faixa-etária devem buscar ajuda após seis meses.

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Fertilidade x hábitos saudáveis

Os médicos orientam que, uma vez iniciado o tratamento, os casais façam exames para que sejam identificadas as possíveis causas da infertilidade. “Pode ser uma causa emocional, ligada à ansiedade, por exemplo, que é aumentada principalmente neste período de pandemia. Mas também pode ter uma causa ligada ao sistema reprodutivo, um problema biológico que impeça a gravidez. Todos os casos precisam ser tratados e acompanhados, para que a gravidez ocorra de forma tranquila e segura”, afirma o especialista em medicina reprodutiva, Daniel Diógenes.

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Segundo o médico, as primeiras causas a serem buscadas em um tratamento serão as biológicas. Por isso, tanto o homem, como a mulher devem estar disponíveis para exames. “No caso das mulheres, é muito comum que os ciclos menstruais estejam alterados; que possam ter miomas; ou sofram de endometriose. Tudo isso complica a gravidez acontecer. Nos homens é muito comum que algum fator esteja modificando a qualidade do sêmen”, explica o médico.

Tratamento indicado

A gerente comercial, Leila Nobre, tentava engravidar desde 2013, mas conseguiu realizar o sonho somente neste ano. Aos três meses da gestação de trigêmeos, ela explica que o tratamento não foi fácil emocionalmente, mas o importante foi não desistir. “Tenho 34 anos. Casei muito cedo, desde os 17 anos sou tentante. No começo, já percebia que tinha alguma coisa errada e queria saber o que estava acontecendo com o meu corpo. Fui ao ginecologista e descobri que tinha um problema na trompa, e o que foi chamado de uma ‘colinha no útero’, que, na verdade, era endometriose”. explica Leila. No mesmo ano, o esposo dela recebeu um diagnóstico de varicocele, que reduziu as chances do casal de uma gravidez natural.

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A vontade de ser mãe levou Leila a tentar duas fertilizações no ano de 2013, ambas frustradas. Em 2015, mais uma tentativa sem sucesso. A gerente comercial decidiu retomar o tratamento em 2020, na Fertibaby Ceará, e está grávida pela primeira vez. “Eu curto cada segundo. Não consigo acreditar ainda que tenho três bebês crescendo dentro de mim. É uma sensação de acordar para um sentimento inexplicável”, afirma a gestante.

Emocional

Se nenhuma causa biológica for encontrada para justificar o problema da fertilidade, é possível considerar problemas de fundo emocional. A ansiedade pode ser um fator que esteja prejudicando o casal nessa questão. “Alguns casais podem apresentar demora para que aconteça a gravidez, mesmo se não houver nenhum problema aparente. Essa dificuldade se chama infertilidade não aparente: quando se configura um quadro que não se encontra nenhum motivo para a demora da gravidez”, esclarece o especialista.

O médico Daniel Diógenes lembra que hábitos de vida saudáveis favorecem quem está tentando engravidar. “Sabemos que o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade, o consumo exagerado de comidas ultraprocessadas podem interferir e prejudicar a saúde reprodutiva do homem e da mulher. Minha orientação, enquanto médico, é que todas essas coisas que já sabemos que faz mal sejam evitadas”, pontua.




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