Governo da Rússia anunciou nesta terça-feira (11) que o país é o primeiro no mundo a registrar uma vacina contra Covid-19. Segundo a CNN, o presidente do país, Vladimir Putin, informou, por meio de teleconferência com ministros, que a vacina funciona de “maneira eficaz, formando uma imunidade estável”. A autoridade afirmou que uma de suas filhas já foi vacinada e chegou a apresentar temperatura um pouco mais elevada, mas que a situação normalizou.
> Brasil supera 100 mil mortes por Covid-19
A vacina, que será chamada de Sputnik V, foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, com testes realizados na Universidade de Sechenov, com 38 voluntários entre 18 e 65 anos.A Rússia pretende iniciar a campanha de vacinação em massa em outubro deste ano. Profissionais da saúde e professores serão a prioridade.
> Máscara VNI auxilia em quadros de insuficiência respiratória pela Covid-19
Como os testes clínicos foram iniciados em junho e não foram divulgados resultados detalhados sobre os resultados da pesquisa, o estudo foi alvo de críticas e de desconfianças em relação à eficácia do produto. A justificativa dos cientistas russos é de que a vacina foi desenvolvida de forma rápida porque é uma adaptação de outra versão que já foi utilizada para outras doenças.
> Covid-19: volta às aulas presenciais é desafio às autoridades
Organização Mundial de Saúde
Na página da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde consta o andamento das vacinas em teste pelo mundo, a vacina russa estava em fase 1. De acordo com a OMS, seria necessário observar três fases completas da vacina para começar a vacinar em massa. A Rússia não publicou nenhum estudo ou dado científico sobre a vacina.
Em entrevista coletiva à imprensa internacional, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, demonstrou cautela em relação ao registro da nova vacina russa. “Acelerar o progresso não deve significar comprometer a segurança”, afirma.