O verão é a estação que predomina aqui no Ceará. É inegável o quanto o sol proporciona momentos de lazer, dá mais disposição para praticar atividades físicas ao ar livre e, de quebra, ajuda a manter aquele bronzeado considerado por muitos como modelo de saúde e beleza. Porém, o excesso dele é um dos principais responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e pela formação de manchas na pele.
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A fisioterapeuta demato-funcional Karla Bessa, de Fortaleza, explica que a pele exposta ao sol por muitos anos (também chamada de fotoenvelhecida), tem como características a perda da elasticidade, manchas escuras ou claras, rugas finas e profundas. Com o tempo, podem transformar-se em um câncer da pele.
“Ao longo da vida e, principalmente na infância e na adolescência, o sol exerce efeito sobre a pele de forma cumulativa, mas o dano causado só se manifestará com o passar dos anos. Enquanto somos jovens, a pele possui mecanismos que corrigem o dano solar, não permitindo o surgimento das alterações causadas pelo sol”, explica.
No entanto, o “efeito”, ainda segundo a especialista, se acumula e mais tarde os mecanismos de defesa não conseguem mais reverter o mal causado à pele. “Entre alguns dos malefícios da ação cumulativa
da radiação ultravioleta do sol, estão a alteração do código genético das células e inibição dos mecanismos de defesa que protegem contra o câncer da pele”, completa.
Como prevenir?
De acordo com Karla Bessa, a principal dica é a proteção solar desde a infância.
– Use protetores solares durante a exposição ao sol, com FPS 15 ou maior nas áreas de pele não protegidas e que mais envelhecem, como face, pescoço, colo, braços e mãos; aplicação de filtros solares “oil free”, por serem mais agradáveis de usar e por não deixar a pele gordurosa;
– Mesmo em dias nublados, deve-se usar o protetor solar. Pois a radiação UV penetra através das nuvens. Na praia, é preciso de um FPS igual ou superior a 15 e aplicado em pelo menos 20 minutos antes, sendo necessária a reaplicação após o mergulho ou transpiração excessiva;
– A duração do filtro solar é de duas horas;
– Evite o sol no período entre 10h e 15h.
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Como melhorar a pele fotoenvelhecida?
Para aquelas pessoas que já sofreram a ação do sol e apresentam os sinais do envelhecimento cutâneo, além da proteção solar, o uso de algumas substâncias podem, a médio ou longo prazo, reverter alguns dos efeitos do fotoenvelhecimento.
“Produtos contendo ácidos específicos são utilizados para melhorar o aspecto da pele envelhecida, aumentando sua hidratação, corrigindo alterações de superfície, atenuando as manchas e melhorando a sua elasticidade”, reforça Karla.
Além dos produtos, é possível ainda recorrer a procedimentos que atuam estimulando o colágeno da pele, como a radiofreqüência e ultrassom microfocado (ulthera). “O objetivo de tais tratamentos é estimular a renovação celular da camada mais externa da pele, conhecida como epiderme, e reestruturando o colágeno e as fibras elásticas da camada média (derme)”, completa.