Especialistas reforçam: há muita vida após o câncer de mama. Para as mulheres que têm um diagnóstico positivo, muitas reações adversas do tratamento oncológico já podem ser resolvidas, como o comprometimento da fertilidade.
Porém, a medicina reprodutiva já indica o congelamento de óvulos como uma opção para mulheres que sonham em ser mães, mas têm esse fator biológico comprometido por conta do uso de medicamentos que o afetam.
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“A mulher pode preservar sua fertilidade congelando os óvulos, para engravidar quando todo o tratamento oncológico tiver passado e ela se sentir preparada para a gravidez. Os avanços da medicina possibilitam essa alternativa para que a paciente conserve seus óvulos com alta qualidade”, afirma a especialista em medicina reprodutiva e diretora da clínica Fertibaby Ceará, Lílian Sério.
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Existem duas orientações para que seja feito o congelamento de óvulos: quando a mulher vai fazer tratamento quimioterápico ou quando pretende adiar sua gravidez. Nos dois casos, a criopreservação é realizada da mesma forma.
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A médica e diretora da Fertibaby explica, também, que o congelamento de óvulos é um procedimento bastante simples. “O médico especialista faz crescer e amadurecer os óvulos no próprio corpo da paciente. Isso leva, em média, de 10 a 15 dias. São usadas algumas medicações, mas elas não afetam no tratamento do câncer”.
Lílian Sério explica que depois que os óvulos estão maduros, eles são retirados do corpo, por meio de uma punção e estão prontos para serem congelados. “No momento da punção, a paciente é sedada. Logo depois que ela acorda, já pode ser avaliada e liberada”, conclui.