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Parto normal, cesárea ou humanizado: prós e contras

O parto humanizado propõe contato máximo entre mãe e filho a partir dos primeiros segundos de vida e pode ser feito tanto no normal quanto no cesárea.

10 de dezembro de 2014
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No Brasil, cerca de 80% dos partos são cesáreas, sendo apenas 15% o indicado pelo Ministério da Saúde.

O tipo de parto escolhido pela gestante voltou ao centro do debate entre obstetras e profissionais que trabalham com pré-natal. Afinal, qual o parto melhor para a mãe e o bebê? Dá pra responder essa pergunta sem pensar muito, pois o parto vaginal ou normal, como o próprio nome diz, é a via natural de saída do bebê.

Porém há casos em que o parto cesárea é a única opção. Para a obstetra Marjorie Mota, de Fortaleza, essa deveria ser a forma certa de fazer a cesárea: só quando realmente houvesse riscos para a mãe e o bebê. “A taxa ideal de partos via abdominal é em torno de 15%, o que não se observa no Brasil. Aqui temos taxas de 80% de cesariana”, afirma.

Para a médica, a maioria das gestantes opta pela cesárea pela preferência em realizar o parto com dia e hora marcados. “Vivemos em uma geração que não deseja aguardar, tudo tem que ser na hora e no dia agendado, como se a vida fosse assim”, afirma. A seguir os prós e os contras desses dois tipos de parto.

Parto normal

Captura de tela 2014-12-09 às 13.27.02Prós

– Não há necessidade de anestesia

– Menor risco de infecção

– Rápida recuperação (depois de algumas horas, a gestante já pode se alimentar e locomover aos poucos)

– O útero volta ao tamanho normal mais rapidamente

Captura de tela 2014-12-09 às 13.27.17Contras

– O trabalho de parto pode durar até mais de 12 horas, embora a partir da segunda gestação esse tempo possa cair pela metade

– Os relatos são de dores profundas e constantes

– É evitado em situações de pressão alta, diabetes, mulheres com cardiopatias, doenças respiratórias graves, gestação de gêmeos, bebês numa posição não ideal ou acima de 4 quilos.

Parto cesárea

Captura de tela 2014-12-09 às 13.27.02Prós

– Dura em torno de 1 hora

– Não há contraindicações

Captura de tela 2014-12-09 às 13.27.17Contras

– A recuperação da mulher é muito mais demorada

– Há maiores riscos de hemorragia, infecção e mortalidade materna.

– É um procedimento cirúrgico com anestesia

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No parto humanizado há atenção total ao bebê, evitando locais barulhentos e muito iluminados.

Parto Leboyer ou humanizado

Com a preocupação em preservar o contato máximo entre mãe e bebê logo após o nascimento foi criado o parto humanizado ou Leboyer, que se chama assim porque recebeu o nome do criador: o obstetra francês Frederick Leboyer.

Nesse tipo de parto se direciona toda a atenção ao conforto do bebê, tornando sua primeira experiência fora do útero mais agradável.

Para a ginecologista e obstetra Denise Vasconcelos, é estimulado o contato precoce mãe-filho. “Assim que nasce, o bebê já fica no colo da mãe e é estimulada a amamentação precoce. Pode ser feito tanto no parto normal quanto no cesárea”, explica.

Além desse cuidado em manter a mãe próxima ao bebê, outras técnicas são utilizadas, como utilizar um ambiente com pouco barulho e baixa iluminação para que não agrida os ouvidos e olhinhos do bebê, ao invés de dar uma palmada nas costas, faz-se uma suave massagem para estimular os pulmões e somente corta-se o cordão umbilical depois que ele parar de pulsar para facilitar a respiração.

A especialista alerta que todas as questões envolvendo o tipo de parto devem ser avaliadas ao longo dos nove meses de pré-natal e discutidas com os pais, mas a indicação da via de parto é um ato médico. “Converse com seu obstetra e tire todas as suas dúvidas para que o momento do parto seja bem tranquilo e como você sonhou!”, conclui.




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