A experiência de ser mãe e pai de prematuro é, para muitas famílias, um desafio. A chegada do bebê traz a necessidade de adaptação a uma nova rotina, principalmente nos casos em que envolve internação hospitalar.
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A dona de casa Georgiana Martins, 18, deu à luz ao Joaquim com 30 semanas de gestação. O bebê nasceu em hospital de Sobral e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), do Hospital Regional Norte (HRN).
“Ser mãe de prematuro, para mim, foi uma surpresa. É saber que o amor chegou mais cedo e, por isso, ficamos ansiosos para ver que ele ficou bem”, conta a jovem.
A Georgiana e o Joaquim foram acolhidos no HRN, recebendo o suporte necessário da equipe de saúde, como o apoio psicológico à mãe. De acordo com a psicóloga do HRN, Beatriz Albuquerque, esse processo é importante para que seja estabelecido o vínculo entre mãe e filho. “A maior parte das mães de prematuros não tem um contato prévio com a prematuridade. Então, esse processo acaba sendo inesperado e antecipado para ela”, explica.
O acolhimento dos pais de bebês prematuros no HRN começa ainda na Obstetrícia. Quando os recém-nascidos vêm de outros hospitais, o primeiro contato é feito pelas equipes do Banco de Leite, da Neonatologia e da psicologia. A equipe permite que a mãe conheça a rotina da Neonatologia e fornece informações importantes sobre a prematuridade.
“O acolhimento é muito bom aqui no HRN. Tanto o cuidado com os nossos filhos quanto conosco que estamos vivendo um momento muito frágil”, afirma Georgiana.
A Ana Paulina Fontenele, 22, também recebeu o apoio do HRN após o nascimento do Francisco Kauê, depois de 25 semanas de gestação. “Fui orientada quando cheguei aqui. Sempre me disseram como estava a saúde dele, que estava em estado grave e que precisava de muitos cuidados. Também fiz acompanhamento psicológico e consegui desabafar um pouco mais”, destaca Ana.
Neonatologia
Responsável por atender pacientes de 55 municípios da Região Norte do Ceará, a neonatologia do HRN possui 44 leitos. O acompanhamento das equipes continua mesmo após a alta hospitalar. Os bebês retornam para consultas periódicas até que estejam recuperados e as famílias, adaptadas.
“Os bebês não são crianças pequenas, são prematuros. O desafio é entender que eles têm uma curva específica de peso e altura, têm o sistema imunológico mais frágil e precisam de um cuidado adequado e o envolvimento da família”, ressalta a enfermeira e coordenadora da Neonatologia do HRN, Maria Cristiane Soares de Lemos.