A introdução alimentar é o momento de apresentar os alimentos sólidos para os bebês. O processo se inicia entre seis meses de idade, quando o intestino já está mais desenvolvido e pronto para digerir nutrientes diferentes.
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Segundo o Manual de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, deve-se trabalhar em uma evolução gradual da dieta, dependendo do organismo de cada criança. “Até o sexto mês de vida, o leite materno consegue suprir todas as necessidades do bebê, inclusive a hidratação. Depois disso, ele começa a ter a capacidade de ter outras fontes, e aí começa a introdução alimentar. É essencial para o desenvolvimento nutricional, além de promover o desenvolvimento motor e o cognitivo também”, aponta a nutricionista materno-infantil Tamyres Ribeiro.
INCLUA
Frutas e hortaliças
São fundamentais para o desenvolvimento do paladar e do sistema imunológico do bebê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que seja feito o contato com a maior variedade de frutas possível, sem restrição (salvo em casos de alergia).
EVITE
Alimentos processados
Laticínios de origem animal, geléias, doces e vários alimentos industrializados possuem muitos corantes e conservantes. O intestino do bebê ainda não consegue digerir totalmente essas propriedades, podendo causar até uma predisposição alérgica.
Açúcar
O açúcar adicionado altera o paladar do bebê, dificultando a ingestão de alimentos com outros tipos de açúcares, como as frutas. Além disso, atua negativamente na programação metabólica e contribui para a predisposição de doenças, como diabetes e obesidade.
Para substituir: Tâmaras desidratadas, ameixa seca, uva passa, maçã ou pêra cozida. Pode misturar na massa de panqueca, dentro de um bolo ou com iogurte natural. Nessa fase, o paladar ainda está limpo, por isso é mais fácil acostumá-lo com esses adoçantes naturais.
Acompanhamento pediátrico
A qualidade do processo depende de um conjunto de profissionais, além do comprometimento dos pais. “Uma introdução bem feita, bem assistida, é fundamental. Após o sexto mês de vida, o pediatra avalia se o bebê está pronto para começar o processo, de acordo com o desenvolvimento neurológico. É um processo gradual, que vai se adaptando às transformações do corpo da criança”, explica a pediatra Isa Xavier.
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Segundo a pediatra, a construção do paladar vem desde o útero. “A programação metabólica do bebê é passada de mãe para filho. Tudo o que a mãe ingere, o feto recebe a informação. Durante a amamentação, a alimentação da mãe também é determinante. Quanto mais saudável e variada, melhor para a memória gustativa da criança quer se desenvolve”, afirma.
Dica da pediatra
Para garantir uma introdução alimentar saudável e completa para o seu bebê, é importante se atentar para os sinais de saciedade e respeitar os horários e as quantidades das refeições. Além disso, os pais devem promover um ambiente calmo, onde a criança se concentre em conhecer os sabores e distinguir as texturas. Para isso, evite o uso de aparelhos eletrônicos para “entreter”, como tablets e celulares.