O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2015 e 2020, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), informa que as hospitalizações em decorrência de fratura de fêmur em idosos acima de 60 anos, por quedas, ficou entre os principais motivos de internação desse público. De 2015 a 2019, o número de hospitalizações de pacientes com mais de 60 anos em decorrência de fratura do fêmur passou de 13 mil para 20 mil.
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) 20% dos pacientes idosos morrem após um ano da lesão por causa de agravamento de problemas preexistentes do coração, pulmão e rins.
O médico ortopedista traumatologista, membro da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ), Tiago Gomes, ressalta os danos que as fraturas de fêmur podem causar à saúde dos idosos. “Eles podem sofrer com complicações locais, como a necessidade de reoperações e as sistêmicas, como alterações respiratórias, circulatórias e cardiovasculares”, afirma o especialista.
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“A baixa acuidade visual e o comprometimento do equilíbrio tornam essa população mais suscetível. Ossos mais frágeis principalmente devido à osteoporose, doença comum nos idosos, predispõem a fraturas”, esclarece o ortopedista.
Como evitar
Medidas simples podem ser adotadas:
Retirar móveis mais baixos e objetos da área de circulação;
Usar sapatos fechados com solado de borracha;
Usar tapete antiderrapante no banheiro;
Evitar circulação em áreas de piso úmido;
Evitar encerar a casa;
Proporcionar o mínimo de iluminação à noite, para o caso de precisar se levantar;
Aguardar que o ônibus pare completamente antes de subir ou descer;
Utilizar sempre a faixa de pedestre e se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.
Além disso, exames periódicos e exercícios físicos também podem ajuda a evitar as quedas e fraturas.