CAPACITA 2024

Fiocruz vai produzir primeiro antiviral oral contra covid-19 no Brasil

Remédio reduz significativamente as hospitalizações

6 de maio de 2022
O pedido à Anvisa foi protocolado pela MSD em novembro. (Foto: Bio-Manguinhos - Fiocruz).

O pedido à Anvisa foi protocolado pela MSD em novembro.
(Foto: Bio-Manguinhos – Fiocruz).

O Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmanguinhos/Fiocruz) anunciou na última quinta-feira (5) que assinou um acordo de cooperação tecnológica com a farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD), com o objetivo de produzir no Brasil o molnupiravir, primeiro antiviral oral para o tratamento da covid-19.

O acordo foi assinado na terça-feira (3) e o medicamento recebeu no dia seguinte, da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), a autorização de uso emergencial no país. O pedido à Anvisa foi protocolado pela MSD em novembro.

> Dia Mundial da Higienização das Mãos: uma forma de prevenir infecções

 

Fiocruz

Em princípio, a Fiocruz será responsável pela importação, administração, testagem, armazenagem, embalagem, rotulagem, liberação e fornecimento do medicamento para o Sistema Único de Saúde (SUS). A transferência da tecnologia para a produção 100% nacional será viabilizada ao longo dos próximos dois anos, após avaliação das condições técnicas e demanda do SUS pelo molnupiravir.

O acordo prevê também a condução de ensaios clínicos para verificar a eficácia em um eventual uso profilático para a covid-19, além de estudos experimentais da atividade do medicamento contra vírus como o da dengue e da chikungunya. A MSD vai monitorar e prestar assistência nas atividades para a transferência parcial de tecnologia.

> Concurso público nacional da Rede Ebserh/MEC é prorrogado até abril de 2024

Molnupiravir

Segundo a farmacêutica, o molnupiravir reduz “significativamente” as hospitalizações e até 89% da mortalidade por covid-19.

“Faz mais de um ano que a gente vem conversando com a MSD e acompanhando toda a evolução dos testes e dos resultados, na torcida, porque tínhamos uma pandemia e toda uma população para tratar. Acho que chegamos a um documento bastante robusto, não só no sentido de trazer mais uma ferramenta de combate à covid-19, mas também de internalização do produto e de utilização dele para outras doenças importantes para o SUS”, ressalta diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça.

Agência Brasil




QUEM LEU ISSO TAMBÉM LEU:




LEIA MAIS:




COMENTE: