[Vacina cearense] Na última quinta-feira (5), o Governo do Ceará, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) selaram acordo de cooperação para desenvolvimento e produção da vacina cearense contra a Covid-19.
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De acordo com a Uece, pelo acordo, cabe à Fiocruz disponibilizar infraestrutura laboratorial multiusuária para execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e apoiar e viabilizar a realização de seminários, palestras, workshops e cursos relacionados com o assunto. O Governo do Ceará assume a atribuição de disponibilizar recursos financeiros para execução do acordo, que não inclui repasse de verba.
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Secitece e Uece ficam com a responsabilidade de disponibilizar espaço físico e pessoal (veterinário e técnico) para manejo, cuidado e guarda dos animais relacionados ao projeto; disponibilizar infraestrutura laboratorial multiusuária para execução das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico; e também apoiar e viabilizar a realização de seminários, palestras, workshops e cursos.
Vacina cearense:
A vacina 2H120 Defense, em desenvolvimento pela Uece, agora com suporte da Fiocruz, propõe uma nova forma de uso de um coronavírus aviário atenuado, semelhante ao SARS-CoV-2, que já vem sendo utilizado há muito tempo e que não tem potencial agressor em humanos. Esse microorganismo seria capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra a Covid-19.
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Com a possível conclusão da pesquisa desenvolvida pela Uece, o país poderá contar com uma vacina de baixo custo e de aplicação intranasal. A estimativa é que a concentração de vírus vacinal por dose em um frasco seja capaz de fornecer 250 doses. Desta forma, cada dose poderá custar centavos de real. A pesquisa da vacina cearense começou em abril de 2020, desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), liderado pela professora imunologista Izabel Florindo Guedes.
*Com informações da Uece.