A Sinovac já estuda uma nova versão da CoronaVac que vai combater também a variante ômicron do SARS-CoV-2, explicaram o presidente da empresa, Weidong Win, e a vice-presidente e líder de pesquisa e desenvolvimento, Yallling Hu. Os dois participaram do CoronaVac Symposium, evento internacional realizado pelo Butantan com o apoio da farmacêutica chinesa e que começou nesta terça (7).
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A Sinovac tem se dedicado a isolar o vírus, partindo de amostras de pacientes de Hong Kong, para poder iniciar os testes de anticorpos neutralizantes. Depois, pretende realizar um ensaio clínico para examinar a eficácia do imunizante. A previsão é que todo esse processo leve pelo menos três meses.
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“A mutação é bastante instável no momento e ainda estamos trabalhando na neutralização cruzada da atividade causada pelo coronavírus”, explicou Yalling Hu. “Acho que em um futuro próximo vamos precisar de mais trabalho para avaliar a eficácia das vacinas contra esta variante e, talvez, ir mais além para avaliar a cobertura da vacina que temos hoje”, complementou ela.
Em sua fala na abertura do evento, ao lado do presidente do Butantan, Dimas Covas, Weidong Win ressaltou que ainda há muitas incertezas em relação à ômicron, sua taxa de mutação e a possibilidade de escape das vacinas. Mesmo assim, já existem evidências de que a CoronaVac é eficaz contra a nova cepa.
“Esperamos ainda mais colaboração para o desenvolvimento mais rápido de imunizantes para novas variantes ou para vacinas de reforço, e temos certeza que com parcerias como a do Butantan vamos ser capazes de enfrentar a Covid-19”, pontuou Weidong Win.
Com informações do Butantan