A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste, realizou testes com 9 marcas de tapioca e reprovou 5 delas. Sal e conservantes sem necessidade, além de bactérias, foram os principais problemas encontrados. Confira o teste e veja quais marcas tiveram a melhor avaliação.
Como foi o teste
Foram verificadas a qualidade dos produtos, levando-se em conta o teor da umidade da farinha e a presença de glúten, além da análise de micro-organismos. Para testar a higiene das tapiocas, foram verificados, entre outros itens, bolores, leveduras e coliformes fecais. Além disso, foram analisados se os rótulos das embalagens estavam completos, inclusive considerando a questão nutricional para constatar, por exemplo, a adição de sal e conservantes.
Consumo desnecessário de conservantes e sal
Diabéticos ou pré-diabéticos não devem exagerar no consumo do produto, porque o índice glicêmico (velocidade com que a glicose é absorvida pelo organismo) da tapioca é alto, maior do que no pão branco e no integral. Diante do aumento do consumo da tapioca, você pode estar colocando no prato uma tapioca adicionada de sal e conservantes sem necessidade.
Os outros conservantes usados na maioria dos produtos não fazem mal à saúde. Porém, a adição deveria justificar uma validade maior dessas marcas nas prateleiras, o que não acontece na prática. Algumas marcas, com ou sem aditivos, possuem o mesmo prazo. E no que se refere a alterações por micro-organismos, foram verificados na análise de higiene que os produtos com esses conservantes se saíram pior: Taeq, Cisbra, Akio e Sabor da Paraíba.
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Informações nos rótulos
Com relação à rotulagem, foram identificados problemas na maioria das embalagens. Alguns fabricantes não informam, de forma clara e de fácil compreensão, que o alimento está pronto para consumo ou semipronto, como Taeq, Cisbra, Pantanal e Chinezinho.
Só as marcas Akio, Da Terrinha, Sabor da Paraíba e Pantanal se saíram bem nesse critério. Foi verificado e levado em conta também a presença da data de fabricação, que não é uma informação obrigatória, mas que faz a diferença na hora de comprar um produto mais fresco.
A lista de ingredientes é outra informação que deve constar do rótulo. Neste caso, por se tratar de um produto hidratado, a água é um item obrigatório, só que isso não vem na embalagem da Beijubom, que nem traz a relação. Já a Paraibinha apresenta um texto muito pequeno, quase imperceptível, além de citar na lista que apresenta “fécula de mandioca especial” (termo que não existe no mercado).
Foi avaliado ainda o nível de umidade das farinhas, que é essencial para manter a qualidade do produto. Porém, quando muito alto, pode ajudar a desenvolver fungos e bactérias. Felizmente nesse quesito, todas as marcas se saíram bem. E a outra boa notícia do teste se refere à ausência de glúten nas gomas. Isso porque muitas pessoas, sobretudo celíacas (intolerantes ao glúten), optam pela tapioca justamente por não conter a proteína, presente no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no malte.
> Bolo de tapioca
> Pizza de tapioca
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Marcas REPROVADAS
Os produtos Akio, Sabor da Paraíba, Taeq, Cisbra e Chinezinho não são recomendados para compra. Taeq e Cisbra trazem bactérias acima do permitido por lei, o que pode causar intoxicação alimentar. Já a marca Akio, por exemplo, traz 36,7 mg de sódio em 100g, três vezes mais do que o segundo maior do teste (Taeq, com 12mg em 100g). Enquanto o consumo ideal diário de sódio para um adulto, segundo a Organização Mundial da Saúde, deve ser de menos de 2 gramas de sódio, ou menos de 5 gramas de sal, para reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais. Isso equivale a menos de uma colher de chá rasa de sal ou cinco pacotinhos daqueles servidos em restaurantes, já que cada um contém 1 grama.
Marcas APROVADAS
Os produtos mais bem avaliados foram das marcas Paraibinha, Da Terrinha, Pantanal e Beijubom.