Estudos voltados ao combate à transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya serão ampliados no Ceará, por meio da produção de mosquitos Aedes aegypti incapazes de propagar o vírus causador das doenças, segundo a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Estado.
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Em entrevista à imprensa, o coordenador da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor, afirmou que a pesquisa deve iniciar em 2021 e terá como base estudos já iniciados na Austrália e aplicados em sete países. Segundo o profissional, quando o Aedes Aegypti estiver com uma bactéria que é comum a outros mosquitos, chamada Wolbachia, ele deixa de transmitir as doenças.
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Conforme publicado no portal da Fiocruz, “a Wolbachia é uma bactéria intracelular que, quando presente nos mosquitos, impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam dentro destes insetos. Não há qualquer modificação genética, nem da bactéria, nem do mosquito. A Wolbachia está naturalmente presente na maioria dos insetos, mas não é encontrada nos mosquitos Aedes aegypti”.
Levando isso em consideração, os estudos conduzidos no Ceará irão inserir a bactéria no mosquito e distribuí-los em larga escala no Nordeste. Lavor ressaltou, também, que, quando ela é inserida no Aedes, a prole desses mosquitos também já irão nascer com a Wolbachia no aparelho digestivo.
Método Wolbachia
Segundo Carlile Lavor, a pesquisa já vem sendo desenvolvida no Brasil há cerca de cinco anos. Em Niterói, no Rio de Janeiro, por exemplo, onde os chamados “mosquitos do bem” foram liberados no final de 2019, foi identificada uma redução de 75% dos casos das doenças na região.
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O trabalho da Fiocruz faz parte do World Mosquito Program (WMP), uma iniciativa internacional que opera, atualmente, em doze países. São ele: Austrália, Colômbia, México, Indonésia, Sri Lanka, Índia, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia