Muitas vezes, quando sentimos dor, nossa primeira reação é alcançar um remédio para aliviar o desconforto. É como uma solução rápida, uma maneira de seguir em frente sem incômodo. O problema é que muitas vezes, esses medicamentos apenas camuflam o sofrimento e não resolvem o verdadeiro problema. De acordo com um estudo conduzido em 2021 por pesquisadores associados à Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed), juntamente com diversas instituições de ensino superior do país, foi observado que a dor crônica afeta aproximadamente 45,59% da população brasileira.
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O Benjamim Brito, médico ortopedista especialista em medicina regenerativa alerta sobre esse padrão preocupante. “Os remédios para dor são como máscaras temporárias. Eles não resolvem a causa real do problema. Enquanto eles podem nos fazer sentir melhor por um tempo, a causa do incômodo ainda está lá, esperando para ser tratada”, explica.
Como podemos saber se estamos apenas “mascarando” os problemas? É simples, se precisarmos tomar remédios constantemente para evitar a dor, e se ela voltar rapidamente quando pararmos de tomar, é um sinal de que algo mais profundo precisa ser tratado.
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“Uma das abordagens para lidar com as dores é focar em cuidar da pessoa como um todo, investigando diferentes aspectos de sua vida, como hábitos de sono, dieta e atividade física, as questões emocionais e mentais, procurando entender a causa”, comenta o especialista.
Segundo a pesquisa do ICTQ (Instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico), feita em 129 municípios das cinco regiões do país, revela que a cada dez brasileiros, oito tomam remédio por conta própria, fazendo com que o índice chegue a 91% das pessoas na faixa etária de 25 a 34 anos.
“A automedicação é uma prática preocupante que pode acarretar em consequências graves para a saúde. Tomar medicamentos sem orientação profissional pode resultar em efeitos colaterais indesejados e complicar ainda mais o quadro clínico. É fundamental entender que cada indivíduo possui características únicas, e o que é adequado para um não necessariamente será para outro”, finaliza o médico.
Portanto, a indicação é sempre quando surgir algum incômodo lembrar-se que os remédios podem ajudar por um tempo curto, mas é importante buscar um profissional para diagnosticar a causa.