O desconforto de pacientes que apresentam insuficiência respiratória pode ser amenizado por meio da tecnologia. O Hospital Regional Norte (HRN) realiza o tratamento a partir da utilização da máscara de ventilação não invasiva (VNI) desde junho deste ano, beneficiando uma média de 50 pessoas por mês.
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“Utilizamos a ventilação mecânica não invasiva, na qual fazemos a ventilação pulmonar com pressão positiva através dessas máscaras, sem precisar intubar os pacientes. Com as máscaras, eles não precisam ficar sedados, estão todo tempo conscientes, orientados e colaborativos com a equipe de cuidados”, explica a coordenadora médica da UTI Adulto do HRN, Melissa Parente.
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Diagnosticado com Covid-19, o oficial de cozinha Wellington de Aguiar Mota, 39, sentiu, inicialmente, sintomas como febre, dor no corpo, cansaço e insuficiência respiratória. O paciente passou 20 dias internado no HRN, sendo 16 em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi submetido à VNI.
“Eu sentia muito conforto quando usava a máscara, não precisei ficar desacordado e a equipe me explicou que eu me recuperaria mais rápido”, ressalta.
Critérios para utilização
Durante o tratamento de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), o método não invasivo é sempre a primeira opção, segundo o coordenador da fisioterapia do HRN, Fabrício Arcanjo Mont’Alverne. “Os pacientes que utilizam os métodos não invasivos saem mais rápido e com menos restrições. Tentamos ao máximo evitar a intubação. A sedação leva a um desgaste maior do paciente”, explica.
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As equipes de fisioterapia seguem critérios específicos para dar início à terapia com a máscara e amenizar o desconforto respiratório e melhorar os níveis de oxigenação dos pacientes. Caso o equipamento não consiga reverter o quadro de saúde ruim, os profissionais avaliam qual o tratamento mais adequado.