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Hospital Regional Norte começa a executar cirurgias de correção de espaço craniano em bebês

O procedimento era antes realizado apenas em Fortaleza

2 de março de 2024

Por Terezinha Fernandes de Oliveira

O Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, começou a executar cirurgias para correção de espaço craniano em bebês, a cranioestenose. O procedimento era antes realizado apenas em Fortaleza. (Foto: Divulgação HRN)

O serviço de neurocirurgia do Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), em Sobral, começou a promover o tratamento cirúrgico da cranioestenose, condição congênita que compromete a forma e o tamanho do crânio, prejudicando o desenvolvimento adequado do cérebro. A correção da deformidade deve ser feita prioritariamente entre os 4 e 8 meses de idade das crianças. A primeira cirurgia do tipo no HRN foi realizada na sexta-feira (22).

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A operação foi conduzida pelo neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá, do Hospital Albert Sabin (Hias), também da Rede Sesa, e pelos neurocirurgiões do HRN, Paulo Roberto Lacerda Leal, Helano Luiz Gomes Barbosa, Keven Ferreira da Ponte e Gerardo Cristino Filho.

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O coordenador do Serviço, Paulo Leal, ressaltou que a cirurgia de tratamento da cranioestenose já era realizada no Hias, em Fortaleza, mas a partir desse primeiro procedimento a expectativa é de que a maior parte dos pacientes da Região Norte não precise mais se deslocar para a capital. “Nós estávamos dependentes da transferência dessas crianças para o Hospital Infantil Albert Sabin, mas com a qualidade e infraestrutura técnica do HRN, nós pudemos desenvolver essa parte da neurocirurgia aqui mesmo, evitando o transporte e o deslocamento dessas famílias do interior para a capital”, avalia.

É importante que a população conheça a condição para tratar as crianças na época certa, segundo Jucá. “Cranioestenose é o fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas. Sutura é aquela região do crânio que fica no limite entre os ossos e é ali que acontece o crescimento do crânio, dando espaço para a expansão do cérebro justamente na época em que o cérebro humano mais se expande, que é durante o primeiro ano de vida”, explica.

Há duas consequências da cranioestenose: a alteração do formato do crânio e a restrição à expansão do cérebro. “São dois objetivos importantes na cirurgia: a ampliação do espaço craniano para que o cérebro se expanda e a correção do formato, e é importante que essa correção seja feita ainda dentro do primeiro ano de vida para que a criança tenha os benefícios em sua plenitude”, detalha.

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O neurocirurgião do HRN, Gerardo Cristino Filho, reforça que o Serviço de Neurocirurgia do HRN funciona desde 2013 com um parque tecnológico, além de neurocirurgiões e neuroanestesistas capacitados para realizar cirurgias de alta complexidade, tanto de crânio, como de coluna, medula e nervos periféricos. Cristino acrescentou que, em relação à neurocirurgia em crianças, já eram realizadas cirurgias dos tumores cerebrais, cistos e o tratamento das hidrocefalias.

A primeira criança a realizar a cirurgia de cranioestenose no HRN foi Artur Nóbrega de Freitas, de 7 meses, que mora com a família em Quiterianópolis. A mãe da criança, a assistente de escritório de contabilidade Antonia de Maria Nóbrega do Nascimento Freitas, 32, comemora que o tratamento da criança tenha sido feito no HRN.

“Se não fôssemos conseguir o tratamento aqui, precisaríamos ir para Fortaleza e em Sobral tudo se torna mais perto”, avalia. Ela conta que Artur teve suspeita de outras condições de saúde como a hidrocefalia antes de chegar ao diagnóstico de cranioestenose, mas logo após a confirmação, a criança já foi indicada para a cirurgia. O pai da criança, o agente de trânsito Mailson Freitas, 34, elogiou o atendimento da equipe, em especial do médico que acompanhou Artur. “Profissional muito humano”, define.




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