Caracterizada pela curvatura anormal da coluna vertebral, a escoliose é uma condição de saúde que afeta cerca de 300 mil pessoas no Ceará. No Brasil, a estimativa é que mais de 6 milhões de pessoas convivam com a escoliose, sendo que aproximadamente 160 mil necessitam de tratamento cirúrgico. A escoliose pode ser classificada em diferentes tipos, incluindo a idiopática, congênita, neuromuscular e degenerativa.
Segundo o ortopedista da Coomtoce e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED) e especialista em escoliose, Plínio Linhares, a forma mais comum da doença é a escoliose idiopática do adolescente, que geralmente se manifesta entre 10 e 18 anos e acomete predominantemente meninas. “Ela não possui causa definida e representa até 80% dos casos”, afirma, detalhando que os primeiros sinais são percebidos pelos pais ou professores ao observar a postura da criança.
Segundo o especialista, o tratamento varia conforme a gravidade e o tipo da curvatura, podendo incluir fisioterapia, uso de coletes ortopédicos e, em casos mais severos, cirurgia. “Em crianças e adolescentes, o tratamento conservador é muito mais eficaz quando iniciado no estágio inicial da curva”, afirma o Dr. Plínio destacando que o diagnóstico precoce é essencial para evitar a progressão da curvatura.
Dr. Plínio Linhares, explica que um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico é o teste de Adams, onde a pessoa se curva à frente e o avaliador observa assimetrias nas costas. “Quando há suspeita, exames de imagem, como a radiografia panorâmica da coluna, confirmam o grau da curvatura”, diz. Apesar de não ser possível prevenir todos os casos, o ortopedista afirma que o conhecimento sobre a doença e o acesso ao tratamento adequado podem fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes.
