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Ceratocone: doença ocular atinge principalmente a população adolescente

Doença exige tratamento imediato

18 de julho de 2022

Cuidar dos olhos precisa ser uma atitude constante e qualquer sinal de dificuldade para enxergar precisa ser investigado. Um dos problemas de visão mais frequentes e que atinge a população jovem é o ceratocone, enfermidade caracterizada pela mudança de curvatura da córnea. A doença está presente em pelo menos 150 mil pessoas no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Ceratocone

A córnea é uma estrutura transparente que projeta a luz sobre a retina, permitindo que possamos enxergar. Hissa Tavares, oftalmologista do Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, explica que, na condição de ceratocone, a córnea deixa de ter o formato regular arredondado e passa a apresentar uma aparência de cone, razão do nome da doença (cerato: córnea, e cone: forma cônica). Os sintomas comuns são uma forte sensibilidade à luz e visão embaçada. A causa é associada à genética, mas fatores externos, como coçar os olhos com frequência, tendem a aumentar o risco do surgimento. O diagnóstico é feito em exame clínico e, de forma complementar, o médico pode solicitar a topografia de córnea, que serve justamente para mapear a estrutura da córnea.

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Tratamentos

A médica esclarece que o ceratocone não tem cura, mas pode estacionar ao longo do tempo, por isso é tão importante que o tratamento seja imediato. Inicialmente, a correção é feita com uso de lentes corretivas (óculos de grau), e, caso evolua, é possível utilizar lentes de contato rígidas. Se o problema persistir, é realizado o implante do anel de ferrara, uma prótese de acrílico utilizada para alterar a curvatura corneana. Caso a doença não estacione, pode ser indicada a cirurgia de transplante de córnea.

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Serviço

O Ambulatório de Oftalmologia do HUWC funciona de segunda à sexta, das 07h às 17h. Para mais informações, o contato é (85) 99245-2835 / (85) 3366-8168. Mas, atenção: Para ser paciente do HUWC é necessário realizar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua localidade e, nessa consulta, ser encaminhado através da Central de Regulação do Estado e do Município de Fortaleza.




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