Banco de pele animal. O primeiro banco de pele animal do Brasil foi inaugurado hoje (13) pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), na sede do NPDM, no bairro Rodolfo Teófilo.
Pele de tilápia
Um estudo iniciado por esses órgãos há três anos mostrou que o uso medicinal da pele de tilápia permite que pessoas que sofreram queimaduras cicatrizem até dois dias mais rápido do que pelo tratamento convencional à base da pomada sulfadiazina de prata.
Além disso, diminui a dor e desconforto sentidos pelo paciente durante o tratamento, evita contaminação e perda de líquido e praticamente anula a troca de curativos, já que não é necessário realizar trocas até que a cicatrização esteja completa. A pele de tilápia é a primeira pele de animal aquático do mundo a ser estudada para o tratamento de queimaduras.
>Conheça os alimentos com FPS e que previnem até o câncer
>O poder dos alimentos na prevenção do câncer de mama
Estudo realizado
A última fase dos testes em pacientes queimados do IJF deve ser concluída no fim deste ano. Depois disso, a técnica deve ser registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pesquisa sobre a pele de tilápia envolve cerca de 70 profissionais, entre médicos, enfermeiros, biólogos, dentistas, veterinários e outros.
A pesquisa deve ser estendida para outras áreas como a ginecologia, endoscopia, urologia, odontologia e otorrinolaringologia. Ao todo, mil peles serão armazenadas e cada pele de tilápia dura dois anos.