Em um curto intervalo de tempo, a busca por procedimentos estéticos minimamente invasivos cresceu de maneira exponencial. A forma acessível da possibilidade de criar novos contornos no rosto, de manter a juventude por mais tempo e a ampla divulgação desses procedimentos gerou um entusiasmo desproporcional e consequentemente a incidência de casos complicações e insatisfações.
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Allergan, farmacêutica global americana, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, e SBCP, Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, 82% dos brasileiros têm o desejo de mudar alguma característica do próprio rosto.
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Polêmica
Recentemente acompanhamos o caso do ator e cantor Lucas Lucco, que após realizar um procedimento de harmonização facial ficou insatisfeito com o resultado final e reverter todos os procedimentos feitos. Embora nas mãos de profissionais experientes é possível ocorrer resultados adversos, contudo, há maneiras de evitar resultados imprevisíveis ou tratá-los apropriadamente.
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Segundo a médica especialista em Estética, Jeovana Soares, a comunicação entre paciente e médico é essencial para evitar expectativas não alcançadas desde o primeiro contato. “É nessa conversa que entendo o desejo do paciente e de como podemos elaborar um planejamento adequado.
Sugiro dois procedimentos para que ele possa começar, esperamos o resultado e só assim, após o paciente entender como ele se vê após o procedimento é que damos sequência ao planejamento”, explica. A médica também enfatiza a importância da relação de confiança entre paciente e médico, para pontuar fatores positivos e , em caso de alguma insatisfação, o paciente também deve se sentir confortável em sugerir alguma possível correção.
Resultado pós procedimento
Quando o caso de descontentamento ou uma possível reação adversa é comunicada ao profissional que fez o procedimento cabe a ele orientar possíveis caminhos e estratégias para uma solução segura e confortável. Segundo o especialista Tércio Pessoa, cirurgião dentista, docente na área de harmonização facial e idealizador do curso “Diagnóstico integrado e manejo de complicações em harmonização facial”, há uma diferença entre os casos de insatisfação com o resultado e complicação após o procedimento. O paciente só consegue saber se gostou ou não, após cerca de 15 dias, diferente do que ocorre em casos de complicações por questões biológicas, onde o cuidado deve ser imediato.
Ele também orienta que os procedimentos devem ser feitos aos poucos, para caso o profissional não entenda o que o paciente quer, possam ser evitados mal entendidos quanto ao resultado e facilmente revertidos. No que se refere às reações, queixas e situações adversas fora dos esperados e orientados no consultório, o paciente deve entrar em contato imediatamente com o profissional responsável pelo procedimento, pois assim é possível reverter.