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Morre voluntário de testes da vacina de Oxford no Brasil

A vítima não recebeu o imunizante e fazia parte do grupo de controle dos ensaios clínicos

22 de outubro de 2020
oxford

Vacina de Oxford está sendo testada em 10 mil brasileiros.

Um dos 10 mil voluntários envolvidos nos testes de fase 3 da vacina de Oxford contra Covid-19 no Brasil morreu no último dia 15 de outubro. A vítima, que era médico e tinha 28 anos, não recebeu doses do imunizante.

A identificação não foi divulgada pelas instituições envolvidas nas pesquisas. Porém, segundo informações da Agência Bloomberg, ele fazia parte do grupo de controle, que recebe o placebo.

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O falecimento do profissional de saúde já foi reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em nota publicada na última segunda-feira (19).

“É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação”, divulgou o órgão.

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A AstraZeneca, empresa farmacêutica envolvida no desenvolvimento da vacina, já se pronunciou sobre o ocorrido. “Obedecemos estritamente à confidencialidade médica e às regulamentações relativas a estudo clínicos e, em linha com esses princípios, podemos confirmar que todos os processos de revisão exigidos foram seguidos”, afirmou em nota.

Vacina de Oxford

Os ensaios clínicos da vacina de Oxford estão em andamento no Brasil, com 10 mil voluntários nos estados do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Os testes também estão sendo realizados em outros países, como Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul.

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Os testes do imunizante já haviam sido suspensos em setembro, após a identificação de uma reação adversa grave em um dos voluntários. Porém, após análise da empresa farmacêutica AstraZeneca, da Universidade de Oxford e das autoridades de saúde, os ensaios clínicos foram retomados.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena os testes no Brasil, explicou que “a pausa segue os padrões de segurança preconizados no protocolo do estudo da vacina de Oxford. Trata-se de uma prática comum em estudos clínicos envolvendo fármacos”.




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