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Mãe desperta do coma após sentir seu bebê no colo

O poder do amor entre mãe e filho

11 de outubro de 2018
O caso de Amanda gerou comoção nacional e é um alerta para a importância do contato entre mãe e filho após o parto.

O caso de Amanda gerou comoção nacional e é um alerta para a importância do contato entre mãe e filho após o parto.

Parto humanizado. Em Fortaleza, um caso envolvendo a humanização do pós-parto, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac-UFC), chamou atenção. Amanda Cristina Alves da Silva, 28, sofreu uma crise intensa de convulsão e estava em coma na UTI há 20 dias após dar à luz a Vitor Hugo. Amanda foi levada para a maternidade após ter uma crise intensa de convulsão. Por estar com mais de 37 semanas, os médicos decidiram fazer uma cesária de emergência. Porém, a mãe entrou em coma logo após a cirurgia.

Amanda não apresentava estímulos sensoriais ou movimentos físicos desde o dia do parto. A enfermeira Fabíola Nunes teve a ideia de colocar o bebê no peito da mãe e, imediatamente, Amanda acordou chorando, reagindo do coma. Ela recebeu alta da UTI uma semana depois.

O caso aconteceu semana passada. Após o parto, o bebê, Vitor Hugo, foi encaminhado à UTI neonatal, onde ficou internado por seis dias, enquanto sua mãe, Amanda, seguiu para o pós-operatório na UTI obstétrica. A mãe não reagia a nenhum estímulo.Porém, a última tentativa partiu da enfermeira Fabíola, que sugeriu colocar mãe e filho juntos. Antes disso, a equipe médica tomou todos os cuidados necessários para não haver infecção para o bebê. Após colocar o filho no colo da mãe, veio a surpresa. Amanda despertou na mesma hora.

Maternidade-Escola Assis Chateaubriand

O fato aconteceu na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac-UFC), que já reconhecida por suas práticas de humanização do parto e pós-parto.A instituição também participa da “Colaborativa PROADI SUS”, uma parceria no Ministério da Saúde para incentivar ideias que visam reduzir a mortalidade nas UTIs.

O Ministério da Saúde incentiva a humanização do processo gestacional e dos partos, a fim de aumentar a qualidade de vida das gestantes, reduzir o número de cesáreas de risco e, diminuir as taxas de mortalidade materna e infantil.

A atenção humanizada durante a gestação e também no puerpério – período pós-parto – é imprescindível para a saúde da mãe e da criança.

Após o nascimento, o primeiro passo imediato é colocar o bebê nos braços da mãe para acalentar o choro. Isso acontece por conta do “espelhamento”, processo em que se estabelece as primeiras impressões do vínculo mãe-bebê. Nesse momento, as emoções e sentidos da mãe e do bebê são interligadas.

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Parto humanizado

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suporte emocional durante todo o processo de gestação é um dos pontos que garantem a saúde da gestante. O indicado é evitar as intervenções negativas, valorizando a humanização do tratamento.

O médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Marcos Alencar, é apoiador e adepto das práticas do parto humanizado e explica sobre os principais benefícios do primeiro contato. “O contato pele a pele imediato mantém o vínculo que é construído ao longo de 9 meses com base no afeto e proteção. Outro ponto importante é maior produção de prolactina pela mãe, o que facilita a liberação do leite materno (colostro)”.

Além disso, o contato é essencial para a fortalecer a saúde do bebê para toda a vida. “Esse primeiro contato põe a criança em contato com as bactérias do próprio corpo da mãe e faz com que ele aumente a imunidade.

O momento é chamado de “Hora de Ouro”, que é justamente a primeira hora de contato com o corpo, a primeira amamentação. Isso aumenta as células de defesa do bebê influencia até mesmo no desenvolvimento psicológico”, afirma o ginecologista.

Passo a passo: Humanização antes, durante e depois do parto

O cuidado com a gestação começa com um pré-natal de qualidade. Além disso, é importante manter a periodicidade dos exames de rotina. Caso existam fatores de risco, eles serão identificados rapidamente, mantendo a segurança e saúde da mãe e do bebê.

“O parto humanizado é baseado em um tripé: respeito da autonomia materna, ao escolher como e quando quer fazer seu parto, uma equipe multidisciplinar, que envolve médicos enfermeiros, doulas e fisioterapeutas com um assistencial a depender das necessidades da paciente e a medicina baseada em evidências científicas, com profissionais atentos aos riscos e que possam auxiliar a mãe em suas as decisões”, elenca Marcos Alencar.

O parto humanizado, feito de forma segura, pode inclusive promover a aceleração do processo ao parir. O processo evita dores e possíveis cirurgias desnecessárias.




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