Muito se tem falado sobre saúde mental, isso é fato. No entanto, um estudo recente, de 2025, da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta um novo conceito: saúde social. Talvez essa definição nem seja tão nova assim, tendo em vista que, em 1948, essa temática já era pauta, mesmo que de forma tímida, das discussões internacionais. Porém, no pós-pandemia, voltou a ganhar visibilidade, notadamente, no SXSW25, conferência sobre futuras tendências ocorrida nos Estados Unidos. Ali, esse tema ganhou destaque quando a cientista social, Kasley Killam, defendeu a importância de fortalecer as relações sociais.
Saúde social é, portanto, um conceito muitas vezes negligenciado nas discussões sobre saúde pública, mas está cada vez mais sendo reconhecido como um pilar essencial para o bem-estar individual e coletivo. Enquanto a saúde física e mental são amplamente discutidas e compreendidas, a saúde social, que envolve as interações e conexões que os indivíduos têm com outras pessoas e com a sociedade, também desempenha um papel fundamental na nossa qualidade de vida. A saúde social é, portanto, vista como uma base necessária para
alcançar o bem-estar pleno.
Neste estudo realizado pela OMS, ficou evidente que as pessoas que possuem laços sociais fortes têm uma chance significativamente maior de viver por mais tempo. Além disso, elas tendem a se recuperar mais rapidamente de doenças e a ter um sistema imunológico mais forte. No lado oposto, aqueles que experimentam isolamento social têm um risco 50% maior de desenvolver doenças cardíacas, e seus sistemas imunológicos tendem a ser mais frágeis.
O desafio agora é integrar a saúde social nas políticas públicas de saúde. Os sistemas de saúde, tradicionais em seu foco na doença e no tratamento, precisam se adaptar para reconhecer o valor das conexões sociais. A OMS, em suas diretrizes, já sugere que a promoção de laços sociais seja parte integral das estratégias de saúde pública. No entanto, a implementação dessas ideias ainda está em estágio inicial em muitos países.
