A cada dia, mais brasileiros buscam o transplante capilar como solução para a calvície, inclusive para obter bem-estar com a aparência e melhorar a autoestima. O país já realiza mais de 6 mil transplantes capilares por ano, conforme dados do Censo 2023 da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC).
> Médico infectologista reforça cuidados para evitar a febre do Oropouche
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o transplante capilar é um ato médico, que deve ser conduzido por cirurgiões plásticos e dermatologistas. Mas para que haja a execução desta cirurgia, é de extrema importância que exames pré-operatórios sejam feitos.
“É fundamental que o paciente tenha uma boa condição de saúde e que a área doadora esteja perfeita, para que o procedimento seja realizado com segurança e maestria. É essencial também que o paciente informe medicações e problemas de saúde prévios”, explica o médico cirurgião plástico Henrique Radwanski, presidente da ABCRC.
> Doenças do celular: o que pode estar detonando suas mãos, pescoço e coluna
Existem alguns exames pré-operatórios que o médico pode ou deve solicitar, dependendo do caso, para a realização do transplante capilar.
Conheça quais são eles:
Hemograma completo: para avaliar anemia, infecções e distúrbios hematológicos;
Glicemia de jejum: para verificar níveis de açúcar no sangue, especialmente importante em pacientes diabéticos;
Coagulograma: para avaliar a capacidade de coagulação sanguínea e risco de sangramento;
Função renal (ureia e creatinina): para avaliar a função dos rins;
Função hepática (TGO, TGP, bilirrubinas): para verificar a saúde do fígado;
Eletrocardiograma (ECG): para avaliar a saúde cardíaca, especialmente em pacientes com histórico de problemas cardíacos;
Exames de sorologia: para doenças infecciosas como HIV, hepatites B e C, e sífilis;
Teste de gravidez: a calvície também pode afetar mulheres. Por isso, é preciso descartar a gestação antes do procedimento;
Avaliação dermatológica: para verificar a saúde do couro cabeludo e a presença de doenças dermatológicas que possam interferir no procedimento;
Avaliação hormonal: Exames de tireoide ou outros hormônios, caso haja suspeita de desequilíbrios hormonais que possam afetar o crescimento capilar.
A preparação adequada para um transplante capilar é essencial para o melhor resultado do procedimento. Seguir as recomendações e orientações médicas é primordial para evitar riscos e atingir uma boa recuperação.
“Reforçamos ainda que a infraestrutura do local onde é feita a cirurgia deve ser autorizada pela vigilância sanitária e os profissionais devem ser qualificados para que a segurança do paciente seja 100% garantida”, conclui Radwanski.