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Trabalhar em pé aumenta risco de lesões ósseas e articulares, alertam especialistas

De acordo com especialista da Coomtoce, profissionais que permanecem mais de seis horas seguidas em pé apresentam maior probabilidade de desenvolver inflamações e desgastes que podem se tornar irreversíveis.

25 de novembro de 2025

Existem várias profissões que exigem que a pessoa passe várias horas em pé por dia, sem pausas adequadas ou estrutura ergonômica. O cenário se intensifica no fim do ano, quando o comércio contrata funcionários temporários para atender à demanda. Em muitos casos, esses trabalhadores são inseridos em funções que exigem permanência prolongada em pé, sem treinamento ou adaptação ao ritmo da temporada. Segundo o especialista da Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (Coomtoce), Dr. Romero Bilhar, esse grupo está entre os mais vulneráveis a sofrerem lesões ósseas e articulares significativas.

“Muita gente começa a trabalhar sem o preparo físico que a função exige e, em poucas semanas, já surgem inchaços, dores intensas nos pés, calcanhares, joelhos e lombar, sinalizando uma sobrecarga”, explica o especialista alertando que profissionais que permanecem mais de seis horas seguidas em pé apresentam maior probabilidade de desenvolver inflamações e desgastes que podem se tornar irreversíveis como fascite plantar, artrose precoce dos joelhos e hérnias de disco.

Os problemas citados são, segundo o ortopedista, o resultado da sobrecarga gerada pela posição vertical do corpo, gerando um esforço contínuo para o qual o esqueleto não foi projetado. “A compressão repetitiva das articulações, a fadiga muscular e a falta de variação postural gera um terreno fértil para problemas que só vão piorando ao longo do tempo e toda a cadeia biomecânica é afetada.”, explica Bilhar.

Como evitar?

Segundo o Dr. Romero Bilhar, medidas simples ajudam a reduzir o impacto da rotina: “Alternar a postura, fazer pausas de cinco minutos a cada hora, usar calçados com boa absorção de impacto, palmilhas e alongar antes e depois do expediente são atitudes que fazem a diferença ao longo do tempo”, orienta.

Programas de ergonomia, ajustes de mobiliário, apoio para alternar o peso entre as pernas e ginástica laboral também são medidas de baixo custo que o empregador poderia aderir, especialmente durante a temporada de contratações temporárias. Para o especialista, a discussão deve ganhar espaço. “Estamos falando de milhões de trabalhadores expostos a um risco silencioso e evitável. É preciso investir na saúde e tratar o tema como prioridade”, defende o médico da Coomtoce.




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