A infância é a fase ideal para descobertas, mas nesse período algumas delas podem despertar sentimentos ruins nos pequenos. Na hora de conhecer os alimentos, as crianças podem ser bastante seletivas e a textura das comidas, por exemplo, pode gerar a famosa “cara feia” no seu filho. Como resultado, ele pode desenvolver a chamada seletividade alimentar, ou seja, a recusa de determinados alimentos.
“Algumas crianças são mais sensíveis a texturas, aromas e sabores dos alimentos. Isso pode levar à rejeição de certos alimentos devido à sua aparência, textura ou cheiro”, explica a fonoaudióloga, especialista em motricidade oral com experiência em casos de recusa e seletividade alimentar, Carla Deliberato.
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Durante o desenvolvimento do paladar da criança, é muito importante que ela conheça, experimente e consuma com frequência alimentos saudáveis. Esses, no entanto, são os que mais podem apresentar texturas estranhas, como as frutas e legumes, que são geladas e frias. Introduzir tais alimentos nas crianças, não é tarefa fácil, mas os pais não podem desistir.
Carla ressalta a importância de insistir que seu filho ingira alimentos saudáveis, mesmo que eles possuam texturas e sabores que fujam da zona de conforto dos pequenos. Ela também apresenta meios a serem utilizados pelos responsáveis para facilitar esse processo.
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“Aproximem alimentos com características parecidas não aceitos ainda pela criança com alimentos já aceitos por ela. Por exemplo, se ela adora chips de batata, você pode aproximá-la de um outro tubérculo em forma de chips ( inhame, mandioquinha ou batata doce chips). Assim vai ficar mais fácil de ele tentar introduzir aquilo na sua rotina alimentar”, diz a especialista. Ela ainda aconselha o uso de elementos lúdicos na hora da refeição, assim a criança pode se sentir mais estimulada.
“Tornar o ambiente da refeição divertido pode contagiar os pequenos e incentivá-los a ‘entrar na dança’. Uma dica é deixar ele te ajudar a preparar o alimento e servir tudo em utensílios de personagens diferentes que ele goste”, aconselha a profissional.
“Para que o momento da refeição seja ainda mais agradável, é importante que ele seja livre de distrações, rigidez e brigas”” finaliza Carla.