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Hospital cearense participa de estudo da OMS contra Covid-19

Teste do antiviral remdesivir será aplicado em um paciente infectado durante dez dias

4 de setembro de 2020
solidarity

Hospital São José participa do Solidarity, iniciativa da OMS, para realização de testes do antiviral remdesivir. Foto: Divulgação / Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

A Organização Mundial de Saúde está realizando o ensaio clínico Solidarity em diversos países, que tem como objetivo comprovar a eficácia de tratamentos contra a Covid-19. No Brasil, o estudo está sendo liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e contará, também, com o Hospital São José (HSJ), no Ceará, para realização dos testes.

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Para isso, um paciente do HSJ irá receber a dosagem do antiviral remdesivir ao longo de dez dias. Ele foi escolhido de forma aleatória a partir das planilhas de medicação e será acompanhado durante todo o processo na unidade.

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A medicação que será testada já apresentou resultados positivos nos Estados Unidos contra a Covid-19. Além disso, ela também já foi utilizada no combate aos vírus Marburg e Ebola. Ele se destaca por possibilitar a diminuição do tempo de internação e de ventilação mecânica em casos graves.

“Vários estudos levaram a resultados muito promissores, então o remdesivir parece ter uma atividade realmente antiviral. Ele age na replicação do vírus e, assim, a gente consegue diminuir a viremia (vírus no sangue) e, por consequência, a resposta inflamatória do paciente também”, afirma a coordenadora do núcleo de pesquisa do HSJ, Melissa Medeiros, conforme publicado no portal da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

Solidarity

A iniciativa do Solidarity foi criada em março pela OMS e investiga a eficácia de tratamentos contra a Covid-19. No Brasil, quatro deles estão sendo testados em 18 hospitais de 12 estados.

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O intuito é incluir, nos estudos, pacientes hospitalizados, já que a demanda mais urgente é oferecer tratamento para pessoas que apresentam um quadro mais grave da doença.

“Estudos com número limitado de pacientes, e sem o adequado controle, podem demorar a conseguir uma resposta. O Ministério da Saúde nos orientou a incluir na pesquisa centros de pesquisa em todas as regiões do país e a contribuir com o maior número possível de pacientes. Colabora-se assim com o esforço global de ter uma resposta rápida e aplicável a população brasileira”, explica a diretora INI/Fiocruz, Valdiléa Veloso, conforme publicado no portal da Fundação.




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