A pele, os cabelos e unhas são alvos das alterações hormonais e sofrem modificações durante a gravidez. “Existem alterações fisiológicas que ocorrem durante a gravidez como a linha nigra (pigmentação escura na região abdominal) e mudanças patológicas como as estrias devido ao estiramento excessivo da pele. É importante lembrar que as alterações patológicas podem ser prevenidas e tratadas”, explica a médica dermatologista Carolina Fechine.
A dermatologista pontua que estrias, melasma e acne são patologias cutâneas habituais nesse período. O melasma, também conhecido como “máscara da gravidez”, é uma condição em que manchas escuras aparecem mais comumente no rosto devido à produção aumentada de melanina. É recomendado o uso de protetor solar para prevenir ou reduzi-lo. “O melasma pode surgir na gestação e permanecer depois. Então iniciar o tratamento ainda nessa fase é importante para minimizar danos futuros”, explica.
No período de gestação, é muito comum o aparecimento de acne devido a flutuações hormonais. “A acne é uma doença inflamatória crônica impactada por hormônios androgênicos. É fundamental a consulta dermatológica, considerando que existe uma restrição de tipos de medicações que podem ser usadas nessa fase da vida da mulher. Além disso, manter bons hábitos alimentares e uma rotina de cuidados com a pele ajudam a minimizar a doença”, destaca.
No caso dos cabelos, a dermatologista afirma que durante a gestação eles costumam crescer mais e cair menos. No entanto, após o parto, pode ocorrer o chamado eflúvio telógeno, doença com queda capilar aumentada que deve ser abordada de forma individualizada.
A médica explica que as mudanças fisiológicas e patológicas variam de mulher para mulher e também podem ocorrer de maneiras diferentes na gravidez. “Nessa fase única da vida da mulher incluir os cuidados dermatológicos favorecem uma gestação com mais autoestima e qualidade de vida”, aconselha.