Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, aponta a cura do vírus HIV em um paciente de 40 anos após a realização de um transplante de células-tronco.
O estudo, publicado no periódico científico The Lancet HIV, teve como objetivo acompanhar a trajetória do vírus no organismo de um paciente com HIV que foi submetido a um transplante de medula óssea. Conhecido como “paciente de Londres”, Adam Castillejo, de 40 anos, possuía câncer de sangue e recebeu células de portadores de uma mutação genética que torna o gene resistente ao HIV.
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O procedimento permitiu, portanto, que o vírus se tornasse incapaz de se reproduzir no organismo, já que as células imunológicas do paciente foram substituídas pelas que foram transplantadas. Em 2019, foi relatado que o vírus estava em remissão. Porém, no estudo mais recente, constatou-se que, de fato, a cura havia sido estabelecida, 30 meses depois de ele interromper o tratamento antirretroviral contra o HIV. Apesar da constatação, ainda foram identificados restos de DNA do vírus nas amostras de tecidos, mas que são incapazes de reproduzi-los. Além do transplante, o paciente passou por um tratamento com quimioterapia.
Ainda assim, o caso ainda será monitorado regularmente, para a verificação de um possível reaparecimento do vírus.
“Paciente de Berlim”
Esse é o segundo registro de cura de HIV registrados no mundo. O primeiro foi realizado em 2011, com o americano Timothy Ray Brown, conhecido como “paciente de Berlim”. Nesse caso, diferentemente do “paciente de Londres”, foi realizado um procedimento com radiação, além de dois transplantes de células-tronco.