Os perigos dos adoçantes artificiais. Muitas pessoas usam adoçantes artificiais na tentativa de reduzir a ingestão do açúcar branco, porém alguns adoçantes podem fazer muito mais mal à sua saúde do que podemos imaginar.
Um artigo publicado no jornal Trends in Endocrinology and Metabolism aponta que os consumidores que usam adoçantes com aspartame, sucralose e sacarina como substitutos do açúcar, podem ter um risco maior de aumento de peso, síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Adoçantes artificiais
Segundo a publicação: “o artigo discute essas descobertas e considera a hipótese de que o consumo de alimentos e bebidas com gosto doce, mas não calórico ou com calor reduzido interfere com respostas aprendidas que normalmente contribuem para a homeostase de glicose e energia”.
O estudo ainda aponta que o uso de adoçantes artificiais agem sobre os hormônios e podem causar efeito contrário do que se propõem como aumentar o desejo por açúcar.
> Saiba os efeitos do excesso de açúcar no organismo
> Infarto: 10% dos pacientes têm diabetes
Aspartame
Esse é o mais comum de todos os adoçantes artificiais e sua substância está ligada a diversos problemas de saúde como enxaqueca, mal de Alzheimer, depressão, agressividade e tendências suicidas. O mais alarmante é que está presente em produtos voltados para os diabéticos.
Apesar dos indícios, a indústria contesta os estudos alegando que os testes feitos em estudos da década de 70 só provaram efeitos ruins apenas em ratos de laboratório.
Sacarina
A substância foi incluida pelo programa de toxicologia dos EUA na lista de substâncias cancerígenas na década de 70. E, mesmo que, tenha sido retirado dessa lista, em 2000, por suposta falta de provas, há muita desconfiança em relação à sacarina.
Sucralose
É mais doce que o açúcar 600 vezes e ainda assim não contém calorias. Por há estudos que apontam que a sua composição química não é muito compatível e segura o suficiente para ser digerida no sistema digestivo humano. Dessa forma, não há como ser totalmente metabolizado pelo nosso organismo.
Algumas pessoas reagem com problemas gastrointestinais, dores de cabeça, irritação na pele e desconforto.
Nos Estados Unidos, na década de 70, a substância já entrou pra lista de substância que podem estar associadas ao desenvolvimento do Câncer, porém isso já foi desmistificando várias vezes. Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estudos Unidos, eles “não demonstraram evidência clara da associação com câncer em humanos”. Porém, ainda há estudiosos que defendem o contrário.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) afirmar que “Quando consumidos em excesso, os edulcorantes podem causar efeitos colaterais, como dor de cabeça, mal-estar, alterações de humor e diarreia. Além disso, estudos experimentais, realizados em animais, revelam o potencial de determinados adoçantes artificiais, como o aspartame, ciclamato de sódio e sacarina sódica, para desenvolvimento de câncer” .
O INCA ainda alerta: “Por causa dos efeitos colaterais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceram limites para a ingestão diária de adoçantes artificiais. Entretanto, há grandes dificuldades em quantificar o real consumo dessas substâncias, uma vez que elas estão presentes em vários alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumir ou aquecer, sem a indicação da sua quantidade”.
Precaução
Esses adoçantes prometem ser uma alternativa para substituir o açúcar e ajudar na perda de peso, porém os benefícios decorrentes do consumo deles ainda são controversos. Uma alternativa é o consumo consciente. O melhor é reduzir o uso ou usar adoçantes naturais como mel ou extrato de frutas, que não contém substâncias potencialmente cancerígenas.