Nem sempre uma secura nos olhos é doença, mas pode, sim, ser um sinal de alerta para algo que não está normal. A falta de cuidados com esse cenário pode ser um sinal da “síndrome do olho seco”, que se caracteriza, principalmente, por ser prejudicial à lubrificação natural, tornando-os mais vulneráveis a danos e incômodos.
De acordo com o médico oftalmologista Giuliano Veras, os principais sintomas são ressecamento da superfície do olho, vermelhidão, ardor e coceira. “Essa é uma anomalia na produção ou na qualidade da lágrima, que acaba provocando o ressecamento do olho e da córnea. Esse líquido tem a função de lubrificar, limpar e proteger os olhos de agressões. Então, uma vez comprometida a lubrificação, o olho fica suscetível a danos externos”, explica o especialista.
▶Causas principais
Entre elas, estão fatores externos ambientais, como vento, fumaça, e clima quente e seco, e fatores mais internos, como ar condicionado, ventiladores e até telas de smartphones, computadores e televisões. “Diante de telas, a tendência é piscar menos. Consequentemente, o olho não recebe a lubrificação necessária. Já nas questões do clima, o vento diretamente no olho também compromete a lubrificação, ainda tendo o agravante da exposição a corpos estranhos como microorganismos e areia”, informa Veras.
▶Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico e por meio de exames realizados pelo especialista em olhos. Nele, o médico faz o teste para avaliar o nível de produção de lágrimas.
Já o tratamento é feito com aplicação de “lágrimas artificiais”, ou seja, de lubrificantes oculares, como é o caso de colírios. “O colírio ajuda em mais de 90% dos casos. Porém, o acompanhamento contínuo com o oftalmologista não pode ser deixado de lado”, finaliza Veras.