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Morango do amor exige moderação, endocrinologista alerta para os riscos do consumo excessivo de açúcar

Médico endocrinologista do IDOMED orienta para os riscos do consumo excessivo do doce.

13 de agosto de 2025

Apesar da aparência inofensiva, o tradicional morango do amor, fruta coberta por uma camada espessa de açúcar caramelizado, pode representar riscos à saúde quando consumido com frequência. O alerta é do endocrinologista Enzo Loandos Oliveira, do Instituto de Educação Médica (IDOMED).

Nos meses de julho e agosto de 2025, o consumo da iguaria aumentou e o morango do amor se proliferou por todo o país, aparecendo também em vídeos e publicações nas redes sociais, onde é exibido como uma alternativa “romântica” ou “estética” aos doces tradicionais. No entanto, o resultado final é um alimento altamente calórico e com alto índice glicêmico.

“O morango em si é uma fruta rica em fibras e antioxidantes. O problema é que, quando envolvido em uma calda de açúcar puro, perde seu valor nutricional e se transforma em uma sobremesa com potencial inflamatório e risco metabólico”, explica Enzo.

Segundo o especialista, o consumo frequente de alimentos ricos em açúcar, como o morango do amor, está associado ao aumento da incidência de doenças como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão e até problemas cardiovasculares. Além disso, há impactos na saúde bucal, já que o açúcar endurecido pode grudar nos dentes e favorecer o surgimento de cáries, principalmente em crianças.

“Uma camada de açúcar caramelizado como a do morango do amor pode conter o equivalente a três ou quatro colheres de sopa de açúcar refinado, o que é suficiente para causar um pico glicêmico significativo”, destaca o endocrinologista.

Embora o consumo eventual desse tipo de doce não represente, por si só, um risco grave à saúde, a recomendação é de cautela. “O consumo pontual, uma vez ou outra em ocasiões especiais, não é o problema. A preocupação está na repetição, no hábito de incluir esse tipo de doce na rotina alimentar”, afirma o médico. “Não existe uma quantidade exata segura, mas quanto menos açúcar refinado, melhor para o corpo.”

Entre os sinais que o corpo pode apresentar com o consumo excessivo de açúcar, o médico cita cansaço constante, oscilações de humor, aumento de gordura abdominal, compulsão alimentar, acne, dores de cabeça e maior propensão a infecções.

“O corpo dá sinais de que algo está errado. Muitas vezes, os pacientes sentem fadiga crônica e não associam isso ao excesso de açúcar na alimentação”, explica.

Para ele, o papel do endocrinologista vai além do diagnóstico e do tratamento. “Também somos educadores em saúde. Quando o paciente consome doces com frequência, mesmo em versões ‘disfarçadas’ como frutas caramelizadas ou doces caseiros, é fundamental orientar sobre os riscos e ajudar a construir novos hábitos alimentares. A prevenção ainda é o melhor caminho”, conclui.




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