De rara ocorrência, o câncer ocular pode surgir com a disseminação de células malignas nos tecidos do olho e, com o acelerado desenvolvimento dessas células, um tumor é formado. Em muitos casos, o surgimento desse tumor está associado a câncer em outras partes do corpo, como pulmão, mama e próstata, espalhando a doença por meio da corrente sanguínea e chegando até as estruturas oculares, incluindo aí córnea, retina e nervo óptico, por exemplo.
Geralmente o câncer no olho não apresenta sintomas, principalmente em suas fases iniciais. “A partir desse cenário, a detecção precoce por meio de exames oftalmológicos regulares é crítica para um tratamento bem-sucedido, com altas chances de cura”, afirma Giuliano Veras, médico oftalmologista e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Em estágios mais avançados, o câncer ocular tem sinais característicos como dor local, manchas pretas ou escuras na íris, flashes de luz, sombras e manchas na visão, mudança na forma ou tamanho da pupila, e perda de parte ou totalidade da visão. “Em crianças, há uma maneira simples de detectar o problema: basta observar os olhos em fotos feitas com flash. Aparecem manchas brancas na íris, ao invés de vermelhas, que é o normal”, pontua Veras.
Entre os exames que detectam a doença, além dos de rotina, estão o mapeamento de retina e gonioscopia, que avalia a drenagem de humor aquoso dentro do olho. O humor aquoso é responsável por regular a pressão interna do olho. “A visita anual ao oftalmologista é essencial para a boa saúde da visão tanto de adultos como de crianças, independente de uso de óculos ou não. O corpo nem sempre dá sinais de que algo está errado e uma ida ao médico é capaz de identificar qualquer problema, por mínimo que seja”, reforça o médico.