O Hospital Regional Norte (HRN) promoveu, neste mês, uma sensibilização nos setores pediátricos, em alusão ao Maio Laranja, campanha de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes.De 2022 até abril de 2023, 25 casos de violência sexual em crianças e adolescentes de 0 a 17 anos deram entrada no HRN.
“O hospital é um espaço de identificação dessa violação de direitos para que sejam feitos os necessários encaminhamentos. É um direito e um dever do estado, da família e da sociedade garantir essa proteção”, ressalta o assistente social do HRN, Cristiano Peres.
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Maio amarelo
Uma vez sendo identificados os sinais de violência sexual, a equipe de saúde deve comunicar ao serviço social e à psicologia para que seja realizado o acolhimento do paciente e da família e os encaminhamentos sejam feitos para o conselho tutelar e, posteriormente, a instituições como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Além disso, o caso é alimentado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do HRN, já que as violências doméstica, sexual e/ou outras violências interpessoais são inclusas na lista nacional de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
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“Neste mês de maio, reforçamos a importância de nós, profissionais de saúde, proporcionarmos um atendimento adequado à criança e ao adolescente vítima de violência sexual e à família que os acompanha. Além disso, sensibilizamos os profissionais da assistência para que possam estar mais atentos aos sinais de possíveis violência. O principal objetivo do serviço de psicologia é fazer o acolhimento à vítima e à família”, explica a psicóloga.
Referência
Mulheres e crianças vítimas de violência sexual na Região Norte do Estado contam com um serviço de referência no HRN. Em caso de estupro, a vítima recebe medicações e atendimento médico adequado. O serviço de apoio funciona 24 horas, todos os dias da semana.
Além disso, os pacientes recebem, no HRN, assistência psicológica e social, apoio à prevenção da gravidez decorrente da violência sexual, tratamento para traumatismos genitais, contracepção de emergência e medicamentos para evitar infecções por HIV, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e hepatites. Todos os atendimentos são realizados no hospital de forma integrada.
O paciente vítima de violência pode chegar ao HRN de três formas: pelas emergências adulto e pediátrica, regulados via Central Estadual de Regulação do SUS (Cresus) e diretamente pela porta do Centro de Apoio a Saúde Reprodutiva da Mulher (CASRM), na Avenida John Sanford.