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Lipedema impacta corpo e autoestima e exige abordagem multidisciplinar

Médica explica diferenças entre lipedema, celulite e obesidade

18 de junho de 2025

O lipedema é uma doença crônica do tecido adiposo que afeta principalmente mulheres. Frequentemente confundido com celulite, gordura localizada ou até obesidade, a doença se caracteriza por um acúmulo desproporcional de gordura nas pernas, coxas e braços, muitas vezes acompanhado de dor, inchaço e hematomas nessas regiões. Ao contrário da obesidade, que pode ser revertida com dieta e exercício, o lipedema exige abordagens mais específicas. “O lipedema costuma ser simétrico (afeta ambos os lados do corpo), causa dor e tem histórico familiar. Enquanto celulite e gordura localizada são questões estéticas, o lipedema é uma condição médica que precisa de atenção para evitar complicações. Reconhecer os sinais é o primeiro passo para o tratamento adequado”, explica Roberta Siqueira, médica especialista em Medicina Preventiva e Nutrologia, da clínica Be.U.

Enquanto a celulite tem um caráter puramente estético e geralmente é indolor, o lipedema causa dor ao toque e apresenta uma gordura muito mais endurecida. A gordura localizada também pode ser combatida com alimentação equilibrada, exercícios físicos e procedimentos estéticos, o que não ocorre com o lipedema. Além disso, ele costuma afetar ambos os lados do corpo de forma simétrica e pode ter origem genética, o que reforça a importância do diagnóstico precoce para evitar agravamentos.

Uma das dúvidas mais comuns entre pacientes é se o uso de anticoncepcionais pode piorar o quadro. A médica explica que não há evidências científicas robustas que comprovem que os anticoncepcionais causem ou agravem o lipedema significativamente., porém cita que algumas mulheres relatam piora do inchaço e da dor ao usar anticoncepcionais combinados (com estrogênio e progesterona),possivelmente devido à retenção hídrica . A médica conta que os progestágenos isolados (como DIU hormonal ou pílulas só de progesterona) podem ser uma opção mais segura, pois têm menor impacto no tecido adiposo, além dos anticoncepcionais sem hormônios, como o DIU de cobre ou preservativos, que são alternativas para quem prefere evitar influências hormonais .

O tratamento do lipedema é multidisciplinar e vai muito além da estética. Na clínica Be.u, por exemplo, o protocolo envolve uma abordagem que inclui dieta anti-inflamatória, cuidados com o intestino, sono de qualidade, suplementação e treinos regulares. A médica reforça que cada paciente precisa ser avaliada para ter um acompanhamento mais personalizado, porém, a profissional adianta que opta “por tratamento conservador, incluindo dieta anti inflamatória, cuidados com intestino, otimização do sono, treinos regulares, suplementos específicos e outros compostos para melhorar a textura da pele como booster de colágeno e outros tratamentos. Na Be u dispomos de um Protocolo criado especificamente para o lipedema além de tratamentos para melhora da gordura com ativos para lipólise, melhora da circulação e retorno venoso além de melhora da textura da pele”

Reconhecer o lipedema como uma doença e não como um problema estético é fundamental para garantir um tratamento adequado e preservar a qualidade de vida das pacientes. Informação e acompanhamento especializado são os primeiros passos para lidar com os impactos físicos e emocionais dessa condição que afeta milhares de mulheres.




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