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Infectologista faz alerta para doenças mais transmitidas no Carnaval

Período de muita festa também pode trazer preocupação e danos à saúde

17 de fevereiro de 2023

O período do carnaval favorece o aumento de determinadas patologias. A aglomeração de pessoas, muita exposição ao sol, calor, chuva, má alimentação, falta de higiene, beijo na boca e relação sexual desprotegida são portas de entrada para enfermidades. De acordo com a médica infectologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Ellen Dellaspora, entre as doenças mais comuns registradas nesse período estão as doenças respiratórias virais, conjuntivites, doença do beijo (Mononucleose), hepatites e outras IST’s.

Conjuntivite, gripe e viroses

A conjuntivite é muito comum durante o carnaval por conta da aglomeração de pessoas em um único lugar. Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. Ela pode ser causada por reações alérgicas a poluentes e substâncias irritantes ou por vírus e bactérias. Nesses casos, “a doença é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados”, destaca a infectologista.

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A aglomeração de pessoas e a baixa imunidade facilitam, ainda, a transmissão das doenças de via respiratória como a gripe e outras viroses. “Por isso, o ideal é que o folião beba bastante água para manter o corpo hidratado e alimente-se bem, evitando comer besteiras ou ficar durante longos intervalos sem ingerir alimento”, explica Dellaspora.

“Doença do beijo”

A “Doença do beijo” é o termo popular para a doença Mononucleose Infecciosa, causada por um vírus da família herpes vírus, chamado de Epstein Baar Vírus. É uma doença transmitida por gotículas e por secreções sexuais com maior incidência na população jovem e adulta. A médica Ellen Dellaspora explica que a doença pode ser assintomática ou desencadear sintomas como febre, odinofagia (dor ao engolir) com placa esbranquiçada ou cinza-esverdeada em amígdalas, linfonodomegalia cervical simétrica, fadiga e mal-estar.

“Os sintomas duram, em média, duas semanas, mas a fadiga pode perdurar por meses. Na fase aguda da doença, pode-se utilizar medicamentos sintomáticos com anti-inflamatórios não esteroidais e analgésicos comuns na vigência de dor e/ou febre”, explica.

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Infecções sexualmente transmissíveis

O sexo desprotegido, principalmente entre os jovens, tem um aumento significativo durante o carnaval – mesmo com todas as campanhas de conscientização sobre o sexo seguro e as diversas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) causadas por vírus, bactérias, parasitas ou outros microrganismos. As IST’s mais comuns são gonorreia, hepatite A, Hepatite B, Hepatite C, Sífilis, Herpes genital, HPV e HIV.

Segundo a profissional, existem medidas que podem ser tomadas para evitar a proliferação dessas doenças. “Sem dúvida a relação sexual desprotegida é a causa principal de IST’s neste período, porém, discussões como esta deveriam ser realizadas durante todo o ano por meio de campanhas educacionais e aconselhamento sobre formas de evitar ISTs para todo público sexualmente ativo. Além disso, é importante reforçar a orientação quanto ao uso correto dos preservativos masculino e feminino e da manutenção da carteira de vacinação em dia, em especial para Hepatite A, Hepatite B e HPV”, afirma a médica infectologista.




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