Um termo muito utilizado nos dias atuais para quem trabalha com arquitetura e design é a humanização dos espaços. Os ambientes que têm ganhado cada vez mais atenção por profissionais da área são justamente aqueles destinados à prestação de serviços à saúde, como clínicas, hospitais, consultórios, dentre outros. Isso porque a humanização, aplicada de forma satisfatória, irá refletir diretamente no comportamento não apenas do paciente, mas também do colaborador e de todo o corpo clínico.
A arquiteta e urbanista Denise Olinda, especialista em projetos na área da saúde, revela que a arquitetura hospitalar está intimamente relacionada ao equilíbrio entre corpo e mente, interferindo inclusive no bem-estar e no conforto dos pacientes. “Muito provavelmente, a falta de cuidado com a arquitetura desses espaços contribuiu para essa experiência desfavorável, já que o ambiente tem um papel importante nas nossas sensações e emoções, podendo gerar e/ou potencializar o estresse, a inquietação, a irritação e a dor”, explica Denise.
De acordo com a arquiteta, a ambientação dos espaços voltados para a área da saúde também não pode ser dissociada do atendimento. É o conjunto que torna a experiência agradável, acolhedora, menos dolorosa, contribuindo para favorecer sensações como tranquilidade e conforto.
“Por isso, na hora de criar um projeto com essa finalidade, é vital conhecer as necessidades para proporcionar uma melhor vivência do espaço de forma receptiva, aconchegante e funcional. Sempre, claro, buscando valorizar a humanização. É importante, também, projetar espaços que levem em consideração o conforto ambiental e térmico, fluxos, distrações positivas, áreas acessíveis a todos os indivíduos e sinalização”, destaca Denise Olinda que, através da DP Arquitetura, da qual é sócia, assinou projetos para o núcleo de Atenção Integral à Saúde da Unimed.