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Hospital Universitário Walter Cantídio realiza transplante inédito de medula óssea

Neste mês de abril, uma mulher de 37 anos foi a primeira paciente a ser submetida a um transplante alogênico não aparentado

13 de abril de 2016
Transplante realizado no HWCU é pioneiro no Ceará FOTO: Divulgação/Governo do Estado

Transplante realizado no HWCU é pioneiro no Ceará FOTO: Divulgação/Governo do Estado

O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), ligado à rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), realizou o primeiro transplante alogênico não aparentado do Estado do Ceará neste mês de abril. A Unidade de Onco-Hematologia do HUWC é a única do Estado a realizar transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a primeira a fazer o do tipo alogênico.

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A paciente, uma mulher de 37 anos, natural de Baturité e residente em Aratuba, é portadora de leucemia e já não respondia ao tratamento convencional, com medicamentos. O primeiro quadrimestre do ano ainda nem terminou, e a parceria HUWC/Hemoce já contabiliza 16 transplantes de medula óssea, sendo 8 autólogos e 8 alogênicos.

Como acontece o transplante?

O chefe da Unidade de Onco-Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, Dr. Fernando Barroso, explica que, no transplante alogênico, há a figura do doador, que pode ser aparentado (irmão) ou não aparentado (proveniente de bancos de doadores, como o Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).

“O paciente é submetido a altas doses de quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia também. Um dia antes de o paciente receber as células-tronco, a coleta é feita no doador. Após a infusão das células doadas, o paciente permanece internado até que a nova medula comece a funcionar normalmente”, explica o hematologista.

Transplante autólogo

Além desse, existe o transplante do tipo autólogo, que consiste no autotransplante. Ou seja, o próprio paciente é a fonte de células-tronco hematopoéticas, quando não se encontra um doador familiar. Nesse procedimento, o paciente faz uso de uma medicação que estimula a produção de células-tronco e realiza a coleta dessas células, que serão, posteriormente, armazenadas por congelamento. Em um segundo momento, o paciente é internado e submetido a altas doses de quimioterapia e posterior infusão das células-tronco que estavam armazenadas.




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