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Hospital Universitário reforça os cuidados com a saúde do homem

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29 de novembro de 2022

José Hélio de Souza, de 50 anos, descobriu o câncer de próstata em exames de rotina. Encaminhado, via sistema de regulação, para o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, foi operado no dia 23 de novembro com sucesso e já conta os dias para a alta hospitalar. “Estou vencendo o câncer, mas muitos não terão essa chance por falta de conhecimento ou mesmo preconceito”, afirma. Para mudar essa realidade, o HUWC reforça os cuidados com a saúde do homem neste mês de Novembro Azul.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o câncer de próstata representa o câncer mais frequente no sexo masculino e a segunda causa de mortalidade relacionada a câncer no Brasil. Após os 50 anos, 42% dos homens podem ter alterações compatíveis com câncer de próstata. Apesar de ser uma doença comum, por medo, tabu ou por desconhecimento, muitos homens preferem não conversar sobre o tema. “O homem não costuma ir a médico. Então, na consulta urológica, conseguimos identificar outras doenças, como hipertensão, diabetes… Portanto, quando se estimula a prevenção do câncer de próstata, ativa-se a prevenção e o tratamento de outras doenças. Por isso, a campanha ‘Novembro Azul’ foca na saúde do homem”, avalia Alexandre Saboia, urologista do Hospital Universitário.

Doença

De acordo com informe da SBU, a próstata é uma glândula masculina que fica localizada próxima ao reto e que produz o líquido seminal da ejaculação. Nutre, protege e transporta os espermatozoides. No decorrer da vida, as células vão se multiplicando e substituindo as mais antigas pelas mais novas. Nesse processo, pode acontecer um crescimento descontrolado dessas células, podendo formar tumores benignos ou malignos (câncer).

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Tratamento

“O tratamento do câncer de próstata depende muito do estágio clínico do paciente. Separamos o câncer de próstata em tumor localizado, que são os casos iniciais, em que a doença está somente na próstata; tumor localmente avançado, no qual já existe um aumento do câncer na região; e o câncer de próstata metastático, quando se espalha, principalmente para ossos” explica o especialista do HUWC.

Uma vez diagnosticada a doença, a Sociedade Brasileira de Urologia indica vigilância ativa, ou seja, monitorar o câncer de próstata de crescimento lento ao invés de tratá-lo imediatamente; prostatectomia radical, que é remover a próstata no caso do câncer localizado; e outras terapias, como radioterapia e quimioterapia. Mas, ainda segundo a SBU, se descoberta precocemente, a doença tem 90% de chances de cura.

Prevenção

“O que fazemos hoje em dia é a prevenção secundária, que é o diagnóstico precoce para minimizar os riscos de avanço e, consequentemente, reduzir os casos de óbito em razão da doença. Para a população masculina em geral, a gente sempre orienta os pacientes a terem um costume de vida saudável desde a adolescência porque, por exemplo, a obesidade é um fator de risco que pode estar associado a uma piora do câncer de próstata”, orienta Saboia. Mas o principal fator de risco, acrescenta o médico, é o histórico familiar. Os pacientes que têm o maior risco de ter câncer de próstata são aqueles que têm alguém na família com a doença. “Parentes de primeiro grau, como irmãos, pais… Existem outros fatores de risco associados, como obesidade e idade”, destaca.

A SBU recomenda que, mesmo na ausência de sintomas, homens, a partir de 45 anos com fatores de risco ou 50 anos sem esses fatores, devem ir ao urologista para o PSA e o exame de toque retal. O PSA (antígeno prostático específico) é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata. Já o toque retal permite ao médico avaliar alterações da próstata, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos. Cerca de 20% dos pacientes com esse tipo de neoplasia são diagnosticados somente pela alteração identificada via toque retal.

O câncer de próstata, na maioria das vezes, é assintomático. Obstrução do jato urinário, sangramento na urina ou dor óssea, geralmente, são sintomas associados a uma doença mais agressiva. Então, na maior parte dos casos, os diagnósticos de câncer de próstata são em pacientes assintomáticos ou com poucos sintomas. Por isso, é de fundamental importância uma avaliação precoce.

Com informações a Assessoria de Comunicação do Complexo Hospitalar da UFC.




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