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Hepatites virais: silenciosas e perigosas

Em 2019, o Ceará registrou 534 casos de doenças hepáticas

28 de julho de 2020

hepatites viraisO Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde e celebrado nesta terça-feira (28), e a campanha Julho Amarelo alertam para a importância da prevenção das chamadas doenças hepáticas, que são infecções, muitas vezes silenciosas que atingem o fígado.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em julho de 2019, entre os anos de 1999 e 2018, foram notificados 632.814 casos confirmados da doença no Brasil.

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As hepatites virais podem manifestar-se de forma leve, moderada ou grave e são um problema de saúde pública. Na maioria das vezes, as hepatites não apresentam sintomas, o que dificulta o diagnóstico e tratamento. A doença pode ser causada pelos vírus A, B e C. Também existe, com menor frequência, a hepatite D (mais comum na região Norte do país) e a hepatite E, sendo encontrado com maior facilidade na África e Ásia.

Hepatite no Ceará

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), foram 534 casos de hepatites virais registrados no Estado em 2019, sendo 13 de hepatite A; 217 de B; 300 de tipo C; 3 de tipo D e 1 de tipo E. No primeiro semestre de 2020, foram contabilizados 59 casos de hepatite B e 55 do tipo C.

A médica hepatologista do Hospital São José (HSJ), Elodie Bonfim, alerta para a necessidade de prevenção e do hábito de realizar exames regularmente, já que as hepatites virais podem evoluir e gerar problemas maiores.

“Em algumas ocasiões, o transplante de fígado pode se fazer necessário. Em outras, a doença pode evoluir para câncer de fígado. Mas, com o devido acompanhamento, a doença pode ser controlada, como no caso da hepatite B, e até curada no caso da hepatite tipo C”, explica a especialista em comunicado à Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

Possíveis sintomas

Entre os principais sintomas das hepatites virais, estão:

  • Febre;
  • Fraqueza;
  • Mal-estar;
  • Dor abdominal;
  • Enjoo/náusea;
  • Vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Urina de cor escura;
  • Olhos e pele amarelados.

Prevenção

A hepatite A, ou “hepatite infecciosa”, é transmitida, principalmente, por meio do contato de fezes com a boca, relacionado a alimentos ou água sem higienização adequada ou baixos níveis de saneamento básico. A principal medida de prevenção contra a doença é a vacina, além de condições adequadas de higiene.

No caso da hepatite B, assim como no da hepatite D, a transmissão pode ocorrer por meio de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas pelo uso de drogas injetáveis e relações sexuais sem proteção. É recomendável verificar se agulhas que entram em contato com a corrente sanguínea estão devidamente esterilizados. Além disso, existem vacinas contra esse tipo, disponível em três doses.

Hepatite C não possui vacina. Por isso, é necessário estar atento às formas de transmissão do vírus, como uso de drogas injetáveis e compartilhamento de objetos de higiene pessoal (como escovas de dente e lâminas de barbear, alicates, tesouras).

A hepatite E pode manifestar-se da forma grave em gestantes, mas, na maioria dos casos, é uma doença de caráter benigno. O vírus é transmitido por meio da ingestão de carne mal cozida ou transfusão de produtos sanguíneos que estejam infectados.

Para se prevenir das hepatites virais, é necessário manter alguns hábitos no dia-a-dia, como:

  • Lavar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro;
  • Lavar e cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los;
  • Não tomar banho em riachos próximos a esgotos abertos;
  • Estar com a vacinação em dia;
  • Usar preservativos em relações sexuais;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em Fortaleza, a vacina contra hepatite está disponível nos 113 postos de saúde da Capital, além do Hospital São José e em 14 escolas da rede municipal de ensino. Para se vacinar, basta levar o cartão de vacinação, comprovante de endereço e documentos de identificação.

Tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D também possuem tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para problemas mais sérios como cirrose ou câncer. O SUS oferece tratamento para todos os tipos, independente do grau de lesão.

A hepatite A é uma doença autolimitada. No entanto, em casos graves, pode ser necessário tratamento. Geralmente a pessoa adquire imunidade após tratada, ou seja, não terá uma nova infecção.

*Atenção: Todas as hepatites virais devem ser tratadas e acompanhadas por profissionais de saúde, a fim de combater qualquer agravamento dos vírus.

Serviço

Ambulatório de Hepatites Virais do Hospital São José
Rua Nestor Barbosa, 315 – Parquelândia
Consultas com encaminhamento médico e agendadas pelo telefone 3243-2396

Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza
(85) 3452-6940
Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira, 7h às 19h

Lista completa dos postos de saúde em Fortaleza: https://catalogodeservicos.fortaleza.ce.gov.br/categoria/saude/servico/65

Escolas da rede municipal de ensino com multivacinação (9h às 16h, de segunda a sexta-feira):

  • Creche Lenira Jurema de Magalhães;
  • Escola Casemiro José de Lima Filho;
  • Escola Noel Hugner de Oliveira Paiva;
  • Escola Prof. Clodoaldo Pinto;
  • Escola José Carlos da Costa Ribeiro;
  • Escola Denisard Macedo;
  • Escola São José;
  • Escola Prof. Luís Recamonde Capelo;
  • Escola Prof. José Sobreira de Amorim;
  • Escola Municipal Raimundo Soares de Sousa;
  • Escola Murilio Aguiar;
  • Escola Municipal Angélica Gurgel;
  • Escola Odilon Gonzaga Braveza;
  • Escola CEI José Teodoro.



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