De acordo com o Jornal Brasileiro de Pneumologia, fumantes têm até três vezes mais chances de desenvolver apneia do sono, um distúrbio caracterizado por interrupções respiratórias durante o sono, que causa ronco e noites mal dormidas. Isso ocorre devido à inalação da fumaça do cigarro, que irrita e inflama os tecidos do nariz e garganta, resultando em inchaço nas vias aéreas superiores. Este inchaço contribui para a obstrução das vias respiratórias durante o sono, aumentando a probabilidade de episódios de apneia.
Essa conexão evidencia a urgência de campanhas mais eficazes de combate ao tabagismo, não apenas para prevenir doenças graves como câncer e doenças cardíacas, mas também para reduzir a incidência de apneia do sono, que pode levar a complicações sérias, como hipertensão e arritmias cardíacas.
“O impacto do tabagismo na apneia do sono é uma preocupação crescente. Muitas vezes, as pessoas não associam o hábito de fumar a problemas de sono, mas a verdade é que o cigarro pode agravar significativamente essa condição. Eliminar o tabagismo é uma medida crucial não só para melhorar a qualidade do sono, mas para prevenir uma série de complicações de saúde relacionadas”, ressalta Dr. Geraldo Lorenzi-Filho, pneumologista e Diretor Médico de uma healthtech brasileira especializada em medicina do sono.
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De acordo com a American Lung Association, o tabagismo continua a ser uma das principais causas evitáveis de morte, com consequências que se estendem para além das doenças respiratórias convencionais. A relação entre tabagismo e apneia do sono evidencia a necessidade de uma abordagem integrada no tratamento e prevenção dessas condições.