Inicia hoje, 8, em Fortaleza, a primeira fase do Plano Responsável de Abertura das Atividades Econômicas e Comportamentais do Governo do Ceará. A etapa sucede o primeiro estágio do plano, denominada “fase de transição”, que iniciou em 1º de junho e contemplou 17 setores que voltaram ao funcionamento em trabalho presencial, variando entre 20% e 30% do efetivo.
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Com a tendência decrescente da demanda por atendimentos nas UPA e emergências dos pacientes com Covid-19, o Governo autorizou, nessa primeira etapa do plano, que algumas atividades voltem a funcionar, com cadeias produtivas contando com 40% dos seus empregados de forma presencial. São elas:
- Construção civil;
- Indústria química e correlatos;
- Artigos de couro e calçados;
- Indústria metalmecânica e afins;
- Saneamento e reciclagem;
- Indústria e serviços de apoio;
- Energia;
- Têxteis e roupas;
- Comunicação, publicidade e editoração;
- Artigos do lar;
- Agropecuária;
- Móveis e madeira;
- Tecnologia da informação;
- Logística e transporte;
- Automotiva;
- Esporte, cultura e lazer;
- Comércio e serviço de higiene e limpeza;
- Shoppings;
- Área da saúde (capacidade total).
Essa fase terá duração de 14 dias. O plano ainda conta com outras três etapas. Para avançar, é necessário atingir os critérios de análise, que levam em consideração critérios técnicos, sanitários ou epidemiológicos.critérios técnicos, sanitários ou epidemiológicos, como a taxa decrescente de ocupação de leitos de UTIs destinados ao tratamento da Covid-19, de internações, de óbitos pela doença e a territorialidade dos casos.
Mesmo com a retomada gradual das atividades, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) e a Prefeitura de Fortaleza reforçam a importância de manter os cuidados para proteger-se da Covid-19. “A gente continua em isolamento social. Frequentar calçadões, espaços públicos, praias, feiras livres não é permitido. A gente tem a responsabilidade de iniciar esse processo com muita consciência de que, se não houver responsabilidade individual e coletiva da cidade, ele pode ter que parar caso os indicadores voltem a piorar”, enfatiza o prefeito Roberto Cláudio.
As demais regiões do Ceará permanecem em fase de transição.
Fases
Caso os índices referentes ao Covid-19 apresentem resultados positivos na Capital, o plano irá avançar para a segunda fase, que também deve durar 14 dias, em que mais setores serão liberados e será observada a diminuição do número de internações.
A partir da terceira fase, será considerado o critério baseado nos óbitos, em um intervalo de 14 dias. A quarta e última etapa prevê que a autoridade de Saúde do Estado irá arbritrar sobre as condições específicas de uma região ou município.
Com o retorno pleno das atividades, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), 1.472.504 empregos formais voltarão a circular.
Decreto de isolamento social
Março:
- Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declara pandemia de Covid-19, alegando que a doença já estava espalhada por diversos continentes com transmissão comunitária entre as pessoas.
- Em 15 de março, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) anunciou os três primeiros casos confirmados de Covid-19 no Ceará. Todos os infectados estavam na capital.
- Em 16 de março, durante reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus, o Governo determinou Estado de Emergência de Saúde Pública no Ceará. Dentre as medidas estabelecidas, estava a suspensão de qualquer evento público no Ceará acima de 100 pessoas.
- Em 19 de março, inicia o processo de isolamento social no Ceará. A medida começou orientando que os cearenses permanecessem em casa durante 10 dias, para evitar a transmissão do vírus entre os cidadãos.
- Em 26 de março, a Sesa divulgou a confirmação de três óbitos por Covid-19 no Ceará. Na época, o Ceaá registrava 211 casos da doença.
- Em 29 de março, o governador anuncia, por meio de transmissão ao vivo pelas redes sociais, a prorrogação do Decreto Estadual que previa o isolamento social por mais sete dias.
Abril:
- Em 5 de abril, o decreto é prorrogado por mais 15 dias. Segundo o Governador, a medida foi tomada levando em consideração questões técnicas e científicas.
- Em 6 de abril, o secretário de saúde do Ceará, Dr. Cabeto, anuncia novas estratégias, como distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde e ampliação de testes em Fortaleza.
- Em 19 de abril, Camilo Santana prorroga o isolamento social por mais 15 dias. “Nossa prioridade tem sido preservar a vida dos cearenses e minimizar os efeitos da pandemia para a nossa população”, afirma.
Maio:
- Em 5 de maio, o isolamento é prorrogado por mais 15 dias e são divulgadas novas medidas de enfrentamento. Entre elas, estava a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção e o isolamento social rígido.
- Em 6 de maio, torna-se obrigatório o uso de máscaras de proteção.
- Em 8 de maio, torna-se proibida a circulação de pessoas veículos em espaços públicos como praias, praças, calçadões e parques. A exceção se aplicava apenas se fosse apresentada alguma justificativa, como busca aos serviços essenciais. A fiscalização era feita por agentes da Secretaria de Saúde, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Estadual e Detran, além de agentes municipais de fiscalização.
- Em 20 de maio, o isolamento social rígido é prorrogado na Capital;
- Em 29 de maio, o governador Camilo Santana anuncia o Plano Responsável de Abertura das Atividades Econômicas e Comportamentais, que autoriza o retorno do funcionamento de alguns setores.
Junho:
- Em 1 de junho, inicia-se a fase de transição do Plano Responsável de Abertura das Atividades Econômicas e Comportamentais do Governo do Ceará, com 17 setores retornando às atividades, variando de 20 a 30% do efetivo.
- Em 8 de junho, inicia-se a primeira etapa do Plano, prevista para durar 14 dias.
Situação no Ceará
Até o momento da publicação dessa matéria, de acordo com a plataforma IntegraSUS, são 64.615 casos confirmados da doença e 4.010 óbitos no Estado.