Há quase uma década, a Sociedade Brasileira de Pediatria tem se posicionado contra o uso de andadores por crianças, no Brasil. Ainda assim, muitas famílias ainda insistem no uso do equipamento. A fisioterapeuta e professora do Instituto de Educação Médica (Idomed), Cláudia Maturana, explica que acidentes envolvendo crianças, infelizmente, são comuns e são um problema de saúde pública por serem a principal causa de morbimortalidade infantil.
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“Os riscos dos bebês usarem andador são inúmeros, como tropeços, quedas de escadas causando traumatismos cranianos, contato com fornos quentes e chamas acesas nos fogões e outros acidentes”, elenca a fisioterapeuta.
Cláudia Maturana explica que um dos motivos da não necessidade de crianças usarem o andador na fase do aprendizado da marcha é que o desenvolvimento motor infantil ocorre naturalmente, necessitando apenas de oportunidades, como locais seguros para os pequenos se movimentarem.
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Para as famílias com bebês, a orientação da professora é que as crianças sejam estimuladas a se movimentarem no chão, na posição decúbito ventral (barriga para baixo), nos horários em que estão sem sono e sem fome. A estimulação deve ocorrer em períodos curtos de tempo, que podem ser ampliados conforme os progressos ocorrerem.
“As crianças vão ganhando força na musculatura das costas para permanecerem sentadas sem apoio, posteriormente, passam para a posição de gato e começam a engatinhar – que é a fase de maior treinamento da força muscular e coordenação motora. Logo após, a própria criança irá se segurar nos móveis, ficar em pé e iniciar os primeiros passos naturalmente”, explica Cláudia.