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Especialista alerta para cuidados com lesões no ombro e no cotovelo

Em 2022, lesões no ombro resultaram no afastamento de 14.788 trabalhadores brasileiros. Idosos e atletas devem reforçar precauções.

7 de agosto de 2025

Algumas articulações são tão utilizadas no dia a dia que, muitas vezes, não recebem os cuidados necessários. É o que ocorre com o ombro e o cotovelo, partes do corpo constantemente lesionadas. Em 2022, lesões no ombro resultaram no afastamento de 14.788 trabalhadores brasileiros pelo Regime Geral da Previdência Social, sendo que a síndrome do manguito rotador – músculos e tendões que estabilizam e movimentam o ombro – foi responsável por 78% desses casos. Além disso, entre 2003 e 2015 o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou realizou 50.207 cirurgias de reparo do ombro, refletindo a crescente demanda por intervenções cirúrgicas nessa articulação.

“O ombro é uma articulação de muita mobilidade. Portanto, com o envelhecimento, ele costuma sofrer uma degeneração. Principalmente os tendões são acometidos com enfraquecimento e, muitas vezes, com ruptura, principalmente após os 60 anos de idade. Já o cotovelo é mais suscetível a lesões relacionadas à prática esportiva, além de ser uma sede de dores do tipo epicondilite. Está bem relacionado à atividade da vida diária e também à prática de alguns esportes, principalmente tênis e beach tênis, os esportes de raquete”, explica a ortopedista e traumatologista Christine Muniz, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE), cirurgiã de ombro e cotovelo

Prevenção de lesões

De acordo com a especialista, a principal forma de prevenir lesões no ombro e cotovelo é, a partir do uso racional, evitar a sobrecarga. “É preciso ter cuidado em algumas atividades laborais, como os trabalhadores braçais que lidam com muita carga ou muita repetitividade. Eles são os que mais sofrem de lesões de ombro e cotovelo. Outro ponto é a prática esportiva adequada, realizar a reabilitação da musculatura, o fortalecimento da musculatura da escápula, do peitoral, do deltóide e a da estrutura do ombro também”, recomenda Christine Muniz.

Dentro da prática esportiva, esses cuidados são ainda mais importantes para os atletas, conforme explica Christine Muniz. “Os atletas têm mais chance de sofrer lesões de tendão, principalmente o ombro que sai do lugar, no atleta de lançamento ou arremesso, nos atletas de esporte de contato, e as lesões do tendão nos atletas de natação e nos atletas mais seniors. No cotovelo, a artrose é uma doença que não é muito comum, mas, nos atletas de esporte de contato, ela passa a ser mais frequente”, alerta a ortopedista, membro da SBOT-CE.

O tratamento das lesões de ombro e cotovelo passa por uma avaliação adequada, medicação, fisioterapia e, em alguns casos, a indicação pode ser cirúrgica. “A pessoa deve ser sempre avaliada por um especialista em ombro e cotovelo, para que esse diagnóstico seja mais adequado e, de preferência, ela deve procurar um profissional membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT-CE) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo”, reforça Christine Muniz.




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