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Especialista alerta para cuidados com crianças em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Até 1° de julho, o Ceará registrou 8.527 casos

18 de agosto de 2023

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o vírus sincicial respiratório (VSR) é a causa de mais de 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de até quatro anos. Apesar do boletim InfoGripe lançado em julho apontar uma queda na manifestação geral da doença, há um sinal de crescimento fundamentalmente presente na faixa etária infantil em alguns estados do país.

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De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde do Ceará, até 1° de julho, o estado registrou 8.527 casos de SRAG. Até o mês de junho de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 128 mil casos de SRAG e o maior número de internações se concentrou em crianças menores de um ano de idade. A bronquiolite, por exemplo, é uma doença causada na maioria das vezes por vírus, e o mais frequente é justamente o VSR.

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Imunidade

Segundo a médica Ana Amélia Jereissati, pediatra e professora da Unichristus, o problema começa como um resfriado, com obstrução nasal, coriza e tosse. Se o sistema imunológico não for eficiente o suficiente para eliminar o vírus da via aérea superior, ele atinge o pulmão, causando uma inflamação dos bronquíolos. Essa inflamação aumenta a produção de secreção, dificultando a respiração, gerando o chiado e o cansaço.

“As crianças abaixo de dois anos têm maior risco de adquirir o vírus respiratório, especialmente, pela falta de imunidade contra o mesmo. É nesta fase que ocorrem as exposições aos agentes infecciosos para formar a defesa do organismo contra infecções futuras”, comenta Ana. Em casos moderados, em que o cansaço está presente, pode existir a necessidade de internação para oferecer oxigênio e, nos casos mais extremos de manifestação da doença, internação na UTI para utilização de aparelhos mecânicos para auxiliar na respiração.

Com as crianças, medidas de precaução como lavar as mãos ou utilizar álcool em gel e evitar ambientes aglomerados devem ser redobradas. “O ideal é não levar a criança com febre e resfriada para a creche ou escola, tendo cuidado com festinhas onde pode haver crianças resfriadas. Para as menores de três meses, o indicado é evitar viagens, shoppings ou eventos sociais”, finaliza a médica.




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