O câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres, os números comprovam essa constatação tanto no Brasil como no mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, em 2022 foram estimados 66.280 novos casos, desses 2.510 casos no Ceará. Diante desse quadro, a genética é um ponto de preocupação, mas também de ajuda para as mulheres que já foram diagnosticadas com a doença e ainda para aquelas que querem evitar a mesma.
Entre os fatores de risco, além hábitos ruins (alimentação ruim, falta de atividade física e obesidade) e fatores hormonais (não ter filhos, vida hormonal longa, entre outros), está o fator hereditário como a observação de vários casos de câncer na família ou mesmo a identificação de alguma mutação genética que traga aumento de risco vitalício. “A presença de casos familiares liga um alerta, pois aumenta a chance de transmissão de algum fator genético entre as gerações. Algumas mutações trazem risco muito elevado de desenvolver câncer de mama. Como exemplo, mutações do BRCA (genes supressores tumorais), aumenta a chance de câncer de mama de uma mulher em torno de 70% até o final da vida”, explica o mastologista do Hospital Monte Klinikum, Francisco Pimentel, que também é Co-Fundador Câncer de Mama Brasil.
Câncer de mama
Os testes genéticos ajudam a entender sobre a predisposição para o desenvolvimento de cânceres hereditários, mas esse artifício também é importante para quem foi diagnosticado com a doença. Dr. Francisco Pimentel esclarece que o teste genético é recomendado para pacientes com câncer diagnosticado, porque “além de impactar na definição do tratamento cirúrgico, alguns tratamentos são dirigidos por ele. Por exemplo, a identificação de uma mutação BRCA pode selecionar pacientes para usar o medicamento Olaparibe, muito eficaz no câncer de mama inicial de alto risco neste cenário. Já em mulheres sem câncer, a avaliação genética traz informações fundamentais para o seguimento da família: quando iniciar exames, quais, possibilidade de cirurgias profiláticas, entre outras informações”.
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Câncer de mama – além do teste genético
É importante salientar que o teste genético é uma ajuda diante dos prognósticos, e que o autoexame e os exames de imagem como a mamografia são essenciais para identificar a doença no início e realizar um tratamento mais eficaz possível.
“O ideal é identificar um caso sem sintomas, apenas nas imagens na rotina específica de cada mulher. Os principais sintomas: nódulo palpável (principalmente), qualquer alteração na pele como retração ou abaulamento, vermelhidão, fluxo do mamilo espontâneo, alteração no volume da mama recente. Nestes casos, uma consulta com mastologista deve ser prontamente agendada”, recomenda o mastologista.