Fenômeno psicológico crescente, a ecoansiedade está se manifestando como uma preocupação significativa em saúde mental, resultante da percepção de ameaça e da incerteza sobre o futuro do planeta, gerando estresse e ansiedade. Também chamado de “ansiedade climática”, o termo já foi incorporado pelo dicionário de Oxford e é definido pela Associação Americana de Psicologia como “medo crônico da catástrofe ambiental”.
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Segundo a professora de psicologia do Centro Universitário Fametro (Unifametro), Maria Zelfa de Souza, a ecoansiedade é uma resposta legítima às ameaças reais das questões climáticas. “Situações como as enchentes no Rio Grande do Sul intensificam esse sentimento, necessitando de uma abordagem que combine ações ambientais eficazes e suporte psicológico para promover resiliência individual e coletiva”, explica.
Outro fator que estimula esse sentimento é a exposição contínua às notícias e imagens de desastres ambientais através das mídias tradicionais e sociais. Além disso, a percepção de que os esforços individuais são insuficientes para enfrentar problemas ambientais globais pode gerar a sensação de impotência.
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“Os efeitos da ecoansiedade na saúde mental são profundos e variados, manifestando-se em ansiedade constante, dificuldade para dormir, ataques de pânico, sentimentos de desesperança e tristeza profunda. O termo eco-luto tem sido utilizado para descrever a tristeza pela degradação ambiental e perda de biodiversidade”, destaca Zelfa.
Para enfrentar a ecoansiedade, pontua-se que é crucial que governos, empresas e indivíduos ajam coletivamente. “A implementação de políticas públicas eficazes para diminuir as mudanças climáticas, a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas, e mudanças no estilo de vida individual são passos essenciais”, ressalta a profissional.