Quando se trata de saúde sexual feminina é comum que existam dúvidas e tabus, mas isso não pode ser impedimento para buscar conhecimento para saber se proteger de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Segundo a ginecologista Renata Bezerra, as principais DSTs que atingem as mulheres são: o Vírus do Papiloma Humano (HPV), Herpes (genital e oral) e Sífilis. “Por serem mais sintomáticas em mulheres, é comum que essas doenças sejam identificadas e diagnosticadas mais rapidamente no corpo feminino”, explica a médica.
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Dsts em mulheres
É verdade que as mulheres são mais suscetíveis às DSTs. A ginecologista explica o porquê. “Tanto a anatomia genital e imunidade do organismo da mulher influenciam nisso. Durante o período de ciclo menstrual, por exemplo, a imunidade da mulher fica abalada, o que pode favorecer o surgimento de DSTs. Quanto ao formato, a vagina tem cavidade abafada e na parte interna é onde se proliferam as bactérias e fungos. Por isso o Ph vaginal tem que estar sempre em equilíbrio para evitar isso”.
Alguns sinais podem indicar o surgimento de DSTs, como a coceira vaginal. A coceira pode indicar desde uma alergia simples até uma DST grave. Secreção em colorações estranhas, odor forte, vermelhidão e inchaço também podem ser sintomas de doenças. Cuide-se!
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Para as mamães
Uma dúvida frequente sobre esse assunto é se mulheres gestantes que possuem DSTs sempre passam a doença para os bebês. Não é certo, mas é possível. “A medicação para evitar isso entra ainda no pré-natal. Logo no primeiro contato com o feto, são realizados exames no hospital e já é solicitado o medicamento, caso necessário, como o anti retroviral (para HIV) ou penicilina (para sífilis). Durante o parto, se a mãe tiver lesões que possam contaminar o bebê, evitamos parto normal e vai para a cesárea”, garante a médica.
Atenção a prevenção!
Além da camisinha feminina, uma das formas de prevenção que priorizam as mulheres são as vacinas contra o HPV disponibilizadas na rede de saúde pública. “Normalmente as meninas têm maior incidência do câncer de colo. 70% é por conta do HPV. Então pelo risco de mortalidade para mulheres ser alto, isso foi preconizado pelo SUS”, afirma a ginecologista.
É possível contrair DST no banheiro público ou compartilhando roupas íntimas?
É possível, porém muito pouco provável. Os vírus ou bactérias não sobrevivem muito tempo em locais expostos fora da área genital (calcinha ou vaso sanitário), mas caso a pessoa tenha uma lesão exposta, use a peça e entre em contato com outra pele, ainda há o mínimo risco.