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Dia Mundial de Combate ao Bullying: um alerta para uma violência que ainda persiste nas escolas

Por: Prof. Dr. Antonio Netto
Doutor em Educação │ Especialista em Saúde Mental

20 de outubro de 2025

No dia 20 de outubro, celebramos o Dia Mundial de Combate ao Bullying, uma data simbólica com o objetivo de alertar e informar sobre os diversos tipos de violências sofridas pelas crianças e adolescentes nos ambientes educacionais; serve também para lembrar que a hostilidade entre pares — muitas vezes silenciosa, mas brutal — corrói sonhos, autoestima e gera traumas que extrapolam o tempo escolar.

Não é mais admissível tratar o bullying como “algo comum na infância”. É uma ferida aberta que exige compromisso.

Segundo a UNESCO, mais de 30% dos estudantes no mundo relatam já ter sido vítimas de bullying, em suas diversas formas — física, verbal, relacional. Em outras palavras, aproximadamente um em cada três jovens passa por esse tipo de violência. Elencamos diante disso, alguns sinais que precisam ser observados, são eles: mudança brusca de comportamento, isolamento, introspecção, agressividade, baixo rendimento e resistência a ir para escola, culminando num completo desarranjo na saúde mental da vítima.

No Brasil, a penetração do fenômeno é alarmante. Segundo relatório recente da UNESCO, todas as escolas brasileiras convivem com casos de bullying – instituições públicas e privadas não estão imunes. Em 2023, o país aparecia na 4.ª posição no ranking mundial dos que relatam mais ocorrências desse tipo de violência escolar. Em relação a estudantes LGBTQIA+, a gravidade é ainda mais aguda: uma pesquisa nacional usada por procuradorias indica que 3 em cada 4 já sofreram agressão verbal por orientação sexual, e 27% relataram agressão física. É importante tratar ainda acerca do cyberbullying que segue invadindo os espaços de convívio juvenil fora da sala de aula.

Neste 20 de outubro, precisamos que o debate ganhe visibilidade em rede nacional — e que não se esgote em discursos. O bullying não pode se normalizar. Não podemos aceitar que jovens se emocionem em silêncio, com medo de ir à escola, de se expor. É uma questão de dignidade: todo aluno tem direito a ambiente seguro, socialmente acolhedor, onde possa aprender sem medo.




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